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Lava de vulcão chega ao mar e La Palma tem alerta quanto a gases tóxicos

Vulcão em atividade no Parque Nacional Cumbre Vieja, em El Paso, nas Ilhas Canárias  - REUTERS/Jon Nazca
Vulcão em atividade no Parque Nacional Cumbre Vieja, em El Paso, nas Ilhas Canárias Imagem: REUTERS/Jon Nazca

Do UOL, em São Paulo

28/09/2021 20h46Atualizada em 29/09/2021 06h26

A lava do vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias (Espanha) chegou ao mar nesta terça-feira (28) e inspira cuidados preventivos quanto à emissão de gases tóxicos, explosões e ondas de água fervente. As autoridades locais evacuaram os moradores que vivem próximo de área de plantação de bananas, onde foram verificados, entre outros componentes, amoníaco e tricloreto de boro.

A erupção, até o momento, tem sido mais forte do que o verificado na semana passada, quando a atividade magmática teve início. Há o receio de que parte do gás tóxico emitido na região chege a outros países.

No caminho até o mar, o magma chegou a promover a queimada de plantações, fertilizantes e materiais plásticos, provocando uma nuvem tóxica. No entanto, a emissão já foi interrompida e o material, diluído na atmosfera. Segundo a agência EFE, não foi verificado perigo para os moradores da região.

Segundo o Instituto Vulcanológico das Canárias (Involcan), a atual erupção, do tipo havaiana ou efusiva, tem se comportado de forma fluida desde a reativação, nesta segunda-feira. O Cumbre Vieja chegou a dar um intervalo de 10 horas na emissão de lava, mas já está com forte despejo novamente neste nono dia.

Após o intervalo o vulcão passou a emitir um volume maior de cinzas, chegando a estimados 10 milhões de metros cúbicos, segundo medição termográfica. A nuvem provocada por ele já chega a 7 km de altura. Um alerta foi emitido para o órgão espanhol de aviação civil. Por outro lado, o nível de emissão de enxofre caiu para 567 toneladas diárias.

Até o momento, 686 edificações foram afetadas por causa da lava, sendo que 589 foram totalmente destruídas. Além disso, 258 hectares foram devastados. Os dados foram proporcionados pelo sistema de monitoramento por satélite Copérnico.

O governo da Espanha declarou La Palma como zona de catástrofe e aprovou ajuda de 10,5 milhões de euros (R$ 66,4 milhões) para a região, voltados para a compra de moradias, além de outros itens de primeira necessidade. Esta é a primeira fase do apoio financeiro, que será seguido de um plano de reconstrução, com a reparação e restauração dos danos nas casas, infraestruturas viárias, para o setor agropecuário, áreas florestais, promoção do turismo, entre outros.

*Com informações das Agências AFP e EFE