Agente funerário tem infarto e translado de brasileira morta nos EUA atrasa
O translado do corpo de Lenilda dos Santos, que completaria 50 anos ontem, teve que ser adiado após o agente funerário responsável pela viagem sofrer um infarto durante o embarque, segundo informou a família da técnica de enfermagem ao UOL.
O avião sairia do estado americano de Ohio com direção ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), nesta quarta-feira (20) e chegaria a Porto Velho (RO) na sexta (22).
Segundo a família, o Gerente Regional do Translado informou que a previsão é de que a viagem só ocorra na próxima semana. No entanto, ainda não há data definida. A cerimônia de sepultamento, que estava marcada para o sábado (23), também teve que ser adiada.
Os familiares deverão refazer a documentação, com um novo agente funerário, para que a viagem seja concluída. A data será definida após a conclusão do procedimento. Ainda de acordo com a família, o estado de saúde do funcionário anterior é grave.
O caso
A jornada de Lenilda aos EUA teve início em 13 de agosto, quando ela, dois amigos e uma amiga saíram da cidade de Vale do Paraíso, em Rondônia, até a capital, Porto Velho. De lá, embarcaram em um voo para a Cidade do México, com conexão em São Paulo. A travessia, propriamente dita, começou em 5 de setembro, em Ascension.
A família afirma que os intermediários a deixaram morrer no deserto do Novo México, após ela ter passado mal, no segundo dia. Esta não foi a primeira vez que Lenilda se dispôs a migrar ilegalmente — ela morou em Ohio, nos Estados Unidos, por três anos e voltou ao Brasil em 2007. Leci Pereira, irmão da brasileira, contou que, para realizar o sonho de entrar nos Estados Unidos, ela pagou US$ 25 mil, o equivalente a R$ 134 mil. A dívida ficará para a família, já que a casa onde ela vivia foi penhorada.
Segundo parentes, ela conseguiu chegar até um ponto onde havia combinado com os 'coiotes' para o resgate, que não foi realizado. Ela foi encontrada sem vida em 15 de setembro.
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