Putin ataca comunidade LGBTQIA+ e cita 'distúrbios socioculturais'
O presidente russo, Vladimir Putin, atacou os direitos da comunidade LGBTQIA+ durante discurso na quinta-feira (21). Entre outras falas polêmicas, o líder autoritário disse que "ensinar crianças sobre menino poder se tornar menina e vice-versa beira um crime contra a humanidade".
De acordo com o jornal americano The Washington Post, Putin falou em "distúrbios socioculturais" no Ocidente. "A exclusão agressiva de páginas inteiras de sua própria história, a discriminação reversa contra a maioria no interesse das minorias constituem um movimento em direção à renovação pública", disse Putin. "É um direito deles, mas estamos pedindo a eles que fiquem longe de nossa casa. Temos um ponto de vista diferente".
O presidente russo também sugeriu que os defensores dos direitos dos transgêneros estavam exigindo o fim de "coisas básicas, como mãe, pai, família ou diferenças de gênero".
A Rússia é palco de vários relatos de tortura e prisão de integrantes da comunidade LGBTQIA+. Em 2013, Putin assinou uma lei "anti-propaganda gay" que, segundo a ONG internacional Human Rights Watch, aumentou a hostilidade contra essas pessoas e tornou mais difícil para as crianças o acesso a informações sobre relações não tradicionais.
Apesar do ataque aos valores liberais, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o discurso do presidente não deve afetar o relacionamento da Rússia com os países ocidentais. "A Rússia foi, é e será parte integrante da Europa".
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