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'Tornado de neve' atinge ilha grega no Egeu; assista ao vídeo

Tromba d"água em meio a tempestade de neve na Grécia é fenômeno raro  - Reprodução/Twitter/@meteogr
Tromba d'água em meio a tempestade de neve na Grécia é fenômeno raro Imagem: Reprodução/Twitter/@meteogr

Do UOL, em São Paulo

25/01/2022 11h25Atualizada em 25/01/2022 16h30

Moradores da ilha de Escópelos, na Grécia, registraram imagens impressionantes de uma tromba-d'água passando pela região em meio a uma tempestade de neve, que encobre inúmeras regiões do país europeu.

O fenômeno, com aparência semelhante a um tornado terrestre, acontece sobre regiões aquáticas e, em geral, tem uma duração menor que os formados em terra firme. A formação, que é rara, foi resultado do encontro entre o ar mais frio com as águas mais aquecidas da costa grega, segundo explicação do MetSul.

"Parecia com um tornado. Estava nevando e o vento formou este fenômeno", afirmou Spyros Patsis, uma das testemunhas que registrou imagens da cena, em entrevista ao jornal local Greek City Times, acrescentando ainda que nevascas são raras na ilha.

A tromba d'água vista na ilha grega, que fica a cerca de 100 quilômetros da capital Atenas, ganhou a aparência de um "tornado de neve" ao se aproximar de terra firme na ilha, que está coberta de flocos de gelo.

Conhecidos como "snownados" - uma junção das palavras snow (neve, em inglês) e tornado -, os redemoinhos de neve são muito raros, pois dependem de cenários meteorológicos muito específicos:

  • Uma massa de ar mais frio passando sobre uma superfície relativamente mais quente, aquecida pela luz solar (no caso da Grécia, as águas da costa)
  • Um encontro de correntes de ar, para criar a rotação clássica de um tornado
  • Ou, em vez do encontro de correntes de ar, uma mudança repentina na direção ou na velocidade do vento

A superfície mais quente faz com que a neve ou gelo que cai na região se transforme em uma névoa. Se houver uma coluna de ar mais frio e de baixa pressão acima dessa névoa, ou então uma mudança repentina no comportamento do vento, a névoa começará a subir e as correntes opostas farão com que ela gire, agregando também neve solta, formando o funil.

    A combinação desses fatores que dão origem ao fenômeno raro também diminuem sua intensidade em relação a um tornado "clássico", explicou o site da MetSul, que repercutiu as imagens da Grécia, que enfrenta temperaturas de até -14 °C em algumas regiões do país.

    Em Atenas, a tempestade de neve é a maior já registrada desde 1968, afirmou Costas Lagouvardos, diretor de pesquisa do Observatório Nacional da cidade, em entrevista ao canal ANT1.