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Secretário dos EUA pede 'redução imediata' de escalada de tensão da Rússia

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esteve em reunião com ministro russo Sergei Lavrov - Brendan Smialowski/Pool via REUTERS
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esteve em reunião com ministro russo Sergei Lavrov Imagem: Brendan Smialowski/Pool via REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

01/02/2022 14h34Atualizada em 01/02/2022 14h35

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou hoje com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e pediu "a redução imediata da escalada russa e a retirada de tropas e equipamentos das fronteiras da Ucrânia", disse o Departamento de Estado.

Blinken também enfatizou a disposição dos Estados Unidos de continuar uma "troca substancial" com a Rússia sobre preocupações mútuas de segurança, acrescentou o Departamento de Estado.

Em conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, também hoje, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse que "nenhum líder europeu quer guerra", referindo-se às tensões envolvendo a Ucrânia.

Após a oposição húngara pedir que ele cancelasse a visita à capital russa, Orbán havia prometido que consultaria os aliados na União Europeia e na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) antes de embarcar, e decidiu viajar.

"Nenhum líder europeu quer a guerra. Nós somos a favor de acordos pacíficos", disse Orbán no início da reunião com Putin no Kremlin.

Tanto o premiê húngaro como o líder russo também têm encontros previstos neste mês com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em seus respectivos países.

Ao contrário de outros países do leste europeu como Polônia, Romênia e Bulgária, a Hungria não expressou claramente nas últimas semanas apoio à Ucrânia nas questões com a Rússia.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Péter Szijjártó, garantiu que seu país não apoiará a Ucrânia enquanto ela continuar a discriminar a minoria húngara em território ucraniano, estimada em 150 mil pessoas.

Segundo a imprensa de Budapeste, Orbán quer fortalecer a cooperação econômica com a Rússia antes das eleições parlamentares de abril, nas quais a oposição tem uma chance de tirá-lo do poder.

Ontem, o Kremlin elogiou a independência do líder húngaro em sua escolha de parceiros.

"Estamos impressionados com a posição independente da Hungria na busca de seus próprios interesses e na escolha de seus parceiros", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.

Nesta terça, Putin apoiou Orbán em relação ao pleito de abril, dizendo que ele "tem feito muito pelos interesses da Hungria e da Federação Russa".

Além disso, ele assegurou que Moscou trabalhará "com quem for eleito primeiro-ministro" da Hungria. Já Orbán declarou que pretende "cooperar com a Rússia por muitos anos".

*Com informações da Reuters e EFE