Em meio a tensão com Rússia, EUA fecham embaixada em Kiev, na Ucrânia
Os Estados Unidos anunciaram na tarde de hoje o fechamento da embaixada americana em Kiev, na Ucrânia, e estão "realocando temporariamente" os seus funcionários para Lviv, uma cidade localizada no oeste do país, segundo informou a rede de TV americana CNN. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado, Anthony Blinken, por meio de comunicado.
Ordenei essas medidas por uma razão —a segurança de nossa equipe— e pedimos veementemente a qualquer cidadão americano restante na Ucrânia que deixe o país imediatamente. Secretário de Estado Anthony Blinken, em comunicado.
"Essas precauções prudentes de forma alguma prejudicam nosso apoio ou nosso compromisso com a Ucrânia. Nosso compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia é inabalável", acrescentou, em seguida.
"Também continuamos nossos esforços sinceros para alcançar uma solução diplomática e continuamos engajados com o governo russo após a ligação do presidente Biden com o presidente Putin e minha discussão com o ministro das Relações Exteriores Lavrov", concluiu Blinken.
A Rússia tem mais de 100 mil soldados, tanques e mísseis concentrados ao longo da fronteira ucraniana, mas nega a intenção de invadir o país vizinho. No entanto, o regime de Vladimir Putin reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Em contrapartida, os Estados Unidos e países aliados do Ocidente (como o Reino Unido, França e a Alemanha) têm dito repetidas vezes que a Rússia pode invadir a Ucrânia "a qualquer momento" e ameaçam o país com "sanções econômicas severas" e "resposta ágil", caso a invasão ocorra.
Moscou, por sua vez, acusa os países ocidentais —em especial os Estados Unidos— de fazerem "histeria e alarmismo" sobre um ataque russo à Ucrânia, o que, segundo eles, não estaria em seus planos.
A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, o que culminou em sanções econômicas dos EUA e da União Europeia. O país também é acusado de financiar os rebeldes pró-Moscou que controlam as autoproclamadas Repúblicas de Lugansk e Donetsk, na região de Donbass.
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