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Rússia diz apoiar Brasil com assento permanente em Conselho de Segurança

Brasil já ocupa cadeira no Conselho de Segurança da ONU, mas como membro rotativo - Xinhua/Li Muzi
Brasil já ocupa cadeira no Conselho de Segurança da ONU, mas como membro rotativo Imagem: Xinhua/Li Muzi

Do UOL, em São Paulo

16/02/2022 09h35Atualizada em 16/02/2022 10h34

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, voltou a manifestar apoio para que o Brasil se torne um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

"A Rússia apoia a candidatura do Brasil para membro permanente do Conselho de Segurança, dada a ideia de expandi-lo para incluir países em desenvolvimento da América Latina, Ásia e África", disse Lavrov a repórteres, em registro da agência russa TASS.

Entre 2022 e 2023, o Brasil ocupará uma das cadeiras rotativas do Conselho de Segurança. O órgão tem o poder de, por exemplo, determinar sanções a países, e o que ele decide deve ser seguido obrigatoriamente por todos os Estados-membros da ONU.

Caso o mandato até 2023 seja concluído, o Brasil se juntará ao Japão e se tornará um dos países que mais ocupou uma das cadeiras rotativas do conselho (22 anos, no total).

No ano passado, Lavrov já havia comemorado a entrada do Brasil no Conselho de Segurança, e o presidente russo, Vladimir Putin, dito que esperava uma cooperação Brasil-Rússia "nas questões urgentes da agenda global" nos próximos anos.

Atualmente, há 15 membros no Conselho de Segurança da ONU. Cinco são permanentes, sendo eles: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a própria Rússia.

O fato de ter um assento permanente no Conselho de Segurança dá poder ao país de vetar qualquer resolução que passe no colegiado, seja uma sanção, a instauração de uma missão de paz ou a admissão de um novo Estado-membro da ONU.

Em janeiro de 2020, Lavrov já havia defendido a ideia de o Brasil, a Índia e algum país africano terem assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"A principal deficiência do Conselho de Segurança é a baixa representação dos países em desenvolvimento", afirmou Lavrov na ocasião, pedindo uma ruptura com um modelo de relações internacionais "colonial ou neocolonial".