Crise na Ucrânia: Rússia realiza exercícios nucleares "estratégicos"
O presidente russo, Vladimir Putin, realizou hoje (19) exercícios nucleares com mísseis balísticos em meio a tensões crescentes sobre a Ucrânia, informou o Kremlin.
As tensões se devem a uma exigência da Rússia ao Ocidente: ele quer garantiras de que Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) —criada após a Segunda Guerra Mundial para fazer frente à extinta União Soviética— jamais aceitará a entrada da Ucrânia no grupo.
Putin teme que perder influência no Leste Europeu ao ter um membro da Otan fazendo fronteira com seu país.
As agências de notícias russas RIA Novosti e Interfax citaram o porta-voz russo, Dmitry Peskov, para confirmar o início das manobras, que são acompanhadas de Moscou por Putin e pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
Os exercícios são a mais recente demonstração de força da Rússia em momento de tensão aguda sobre a Ucrânia.
"Sim", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado sobre o início dos exercícios militares.
Lukashenko participou dos exercícios militares ao lado de Putin a partir de uma central no Kremlin, informou a mídia estatal bielorrussa.
Os exercícios seguem uma enorme série de manobras das forças armadas russas nos últimos quatro meses, que incluíram um aumento de tropas —estimadas pelos Estados Unidos em pelo menos 150 mil homens ao norte, leste e sul da Ucrânia.
A Rússia nega planejar atacar a Ucrânia, mas Putin e outros altos funcionários frequentemente se referem ao fato de que a Rússia ser uma das maiores potências nucleares do mundo.
Na quinta (17), a Rússia anunciou uma nova retirada de tanques, caminhões militares e aeronaves de combate das regiões de fronteira. Da Crimeia, foram transferidos 10 bombardeiros SU-24 usados nos exercícios militares.
Apesar do anúncio, os Estados Unidos e a União Europeia acusam os russos do movimento contrário. Segundo líderes do Ocidente, mais 7 mil soldados foram transferidos para a fronteira.
Em resposta, o governo russo disse ontem que o processo de retirada "levará algum tempo". Putin também disse que os países ocidentais "vão achar uma desculpa" para implementar duras sanções contra Moscou por conta da crise na fronteira ucraniana.
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