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Rússia diz ter matado 5 que entraram por fronteira com a Ucrânia; Kiev nega

Militares da Ucrânia na linha de frente com separatistas pró-Rússia na região de Donetsk, no leste da Ucrânia - Anatolli Stepanov/AFP
Militares da Ucrânia na linha de frente com separatistas pró-Rússia na região de Donetsk, no leste da Ucrânia Imagem: Anatolli Stepanov/AFP

Do UOL*, em São Paulo

21/02/2022 10h57Atualizada em 21/02/2022 12h24

O Exército da Rússia disse ter matado cinco ucranianos que teriam tentado atravessar a fronteira hoje, de acordo com agências de notícias russas com base em documentos do ministério da Defesa.

Segundo a agência de notícias estatal Interfax, "cinco membros de um grupo de sabotares foram eliminados" ao tentar entrar em território russo em dois veículos de combate, que também foram destruídos.

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A Ucrânia afirmou que a informação é falsa, e que nenhum soldado do país estava em Rostov, no leste do país, onde o incidente teria ocorrido.

Mais cedo, serviços de segurança russos comunicaram que um projétil vindo da Ucrânia destruiu uma estrutura de um posto fronteiriço nessa mesma região, a cerca de 150 metros da divisa.

Um vídeo publicado pela agência pública de notícias Ria Novosti mostra uma pequena estrutura destruída em uma planície arborizada e escombros espalhados pelo chão. Em resposta, o Serviço de Guarda de Fronteira da Ucrânia acusou as autoridades russas de "provocação deliberada".

Os incidentes ocorrem em um momento de tensão crescente entre ambos os países, embora a Rússia continue a negar as declarações dos Estados Unidos e demais países da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) de que pode invadir a Ucrânia a qualquer momento.

  • Veja as últimas informações sobre tensão com Rússia, análises de Marco Antonio Villa e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:

Dois soldados ucranianos foram mortos

No sábado (19), o Exército da Ucrânia informou que dois soldados foram mortos em combate com separatistas pró-Moscou no leste do país. Outros quatro militares foram feridos e hospitalizados.

Nesse mesmo dia, os líderes separatistas pró-Rússia de dois territórios no leste da Ucrânia - as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, em disputa entre russos e ucranianos - ordenaram mobilização militar total.

Desde a semana passada, o Exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia trocam acusações de bombardeios no leste do país, que violam o cessar-fogo em vigor nessa região marcada por um conflito desde 2014.

Os Estados Unidos e seus aliados acreditam que a escalada pode ser um pretexto para que a Rússia dê início a uma ofensiva militar na Ucrânia. Os russos, em contrapartida, têm negado qualquer plano de atacar o país vizinho.

Em Donetsk, os rebeldes pró-Rússia descrevem a situação como crítica, com ambos os lados se acusando mutuamente de violar o cessar-fogo. A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) fala em um "aumento dramático" dos ataques na região desde sexta-feira (18).

As evacuações de cidades e vilas das províncias separatistas continuam. Segundo autoridades da região, mais de 6 mil pessoas já foram levadas para lugares considerados seguros, incluindo mais de 2 mil crianças.

*Com Reuters, Ansa e Deutsche Welle

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