Rússia diz que Ucrânia propôs negociação na Polônia, mas abandonou contato
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Ucrânia propôs um encontro em Varsóvia, na Polônia, para negociar com a Rússia sobre o conflito entre os países. Porém, os ucranianos teriam pedido uma "pausa" e, depois, abandonado o contato. As informações são da CNN.
Antes, a Rússia havia proposto o envio de representantes para negociar em Minsk, na Bielorrússia.
O porta-voz do Kremlin afirmou que essa pausa foi acompanhada pela suposta implantação de múltiplos sistemas de lançamento de foguetes em áreas residenciais, inclusive em Kiev, por "elementos nacionalistas", algo que Peskov disse que a Rússia considera "extremamente perigoso".
Sem apresentar evidências, a Rússia alega que os Estados Unidos instruíram líderes militares ucranianos a colocar sistemas de artilharia de foguetes em áreas residenciais contra os próprios moradores.
Rússia negocia se Ucrânia "soltar as armas"
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está disposto a negociar se a Ucrânia deixar de lutar e "soltar as armas". Segundo o chanceler russo, o país não tem a intenção de ocupar Ucrânia, mas "libertar os ucranianos da opressão". Em dois pronunciamentos feitos hoje, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também disse que quer "sentar à mesa".
"Estamos prontos para negociações, a qualquer momento, assim que as forças armadas ucranianas ouvirem nosso chamado e soltarem suas armas", disse Lavrov em entrevista coletiva no dia seguinte ao início da invasão russa. O líder da Ucrânia, por sua vez, disse: "Eu quero mais uma vez fazer um apelo ao presidente da Federação Russa. Vamos sentar na mesa de negociações e parar as mortes."
À Reuters, o conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, afirmou mais cedo que o governo ucraniano quer a paz e está pronto para conversações com a Rússia, inclusive sobre o "status neutro" em relação à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Se as conversações forem possíveis, elas devem ser realizadas. Se em Moscou eles dizem que querem manter conversações, inclusive sobre o status neutro, não temos medo disso", disse ele através de uma mensagem de texto. "Podemos falar sobre isso também. Nossa disponibilidade para o diálogo é parte de nossa persistente busca da paz", acrescentou.
* Com informações da AFP e Reuters
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