Rússia diz que povo da Ucrânia não é alvo, apesar dos ataques e mortos
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse hoje, em entrevista à CNN, que "ninguém vai atacar o povo da Ucrânia". Segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pelo menos 137 cidadãos ucranianos morreram no primeiro dia da invasão russa, enquanto outros 316 sofreram ferimentos decorrentes dos combates.
"Vou enfatizar: leia o que Putin disse. Nenhum ataque à infraestrutura civil, nenhum ataque ao pessoal do exército ucraniano, seus dormitórios ou outros locais não ligados às instalações militares. As estatísticas que temos confirmam isso", disse Lavrov.
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"Ninguém vai de alguma forma degradar as Forças Armadas Ucranianas. Estamos falando de impedir que neonazistas e aqueles que promovem o genocídio governem este país", continuou ele.
A Ucrânia combate as tropas russas em quase toda extensão de sua fronteira com a Rússia. Os principais conflitos acontecem nas regiões de Sumy, Kharkhiv, Kherson, Odessa e em um aeroporto militar perto de Kiev, disse um conselheiro do gabinete presidencial ucraniano.
Presidente da Ucrânia rebate fala sobre nazismo
O ministro das Relações Exteriores da Rússia ainda disse à CNN que ataca neonazistas, Ocidente e os Estados Unidos, que controlariam a Ucrânia. "O atual regime em Kiev está sob dois mecanismos de controle externo. Primeiro, o Ocidente e os EUA. E segundo, neonazistas."
Ontem, o presidente da Ucrânia já havia rebatido acusações semelhantes feitas pelo porta-voz do governo da Rússia, Dmity Peskov, que disse que não interromperão os ataques até que o país esteja "limpo de nazistas". Zelensky é judeu.
"Você diz que somos nazistas, mas como um povo pode apoiar os nazistas sendo que demos mais de oito milhões de vidas pela vitória sobre o nazismo?", questionou Zelensky em um discurso televisionado, de acordo com a tradução feita pelo jornal The New York Times.
"Como eu poderia ser nazista? Diga isso a meu avô, que passou a guerra inteira na infantaria do exército soviético e morreu como coronel na Ucrânia independente", continuou o presidente ucraniano, que vem de uma família de judeus. Segundo ele, três dos irmãos de seu avô morreram no Holocausto.
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