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Trump condena ataque da Rússia à Ucrânia, após dizer que Putin foi 'genial'

Na última terça-feira (22), Trump disse que o envio de tropas russas à Ucrânia era a "maior força de paz" que já tinha visto - Jonathan Drake/Reuters
Na última terça-feira (22), Trump disse que o envio de tropas russas à Ucrânia era a "maior força de paz" que já tinha visto Imagem: Jonathan Drake/Reuters

Do UOL, no Rio

26/02/2022 22h59Atualizada em 27/02/2022 00h32

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou hoje os ataques da Rússia à Ucrânia, durante discurso no CPAC (Congresso de Ação Política Conservadora, em inglês). A crítica ocorre quatro dias após o próprio Trump classificar como "genial" a decisão de Vladimir Putin de reconhecer a independência de territórios separatistas da Ucrânia.

"O ataque russo à Ucrânia é terrível, um ultraje e uma atrocidade que nunca deveria ter ocorrido. Nós estamos rezando pelo bravo povo ucraniano, que Deus o abençoe", disse o republicano para o seu eleitorado, no evento de conservadores.

Em entrevista a uma rádio americana na última terça-feira (22), Trump disse que o envio de tropas russas à Ucrânia era a "maior força de paz" que já tinha visto e sugeriu que os americanos fizessem o mesmo na fronteira com o México.

Na ocasião, Trump criticou o atual mandatário americano, o democrata Joe Biden, que o derrotou na eleição de 2020.

"Aqui está um cara [Putin] que diz: 'Vou declarar a independência de uma grande parte da Ucrânia, e vamos entrar lá e ajudar a manter a paz'. Você tem que admitir que isso é bem inteligente. Sabe qual foi a resposta de [Joe] Biden? Não houve. Eles não tinham respostas a isso. É muito triste.", ironizou.

Influência russa na eleição de Trump

Durante seu governo, Trump manteve uma boa relação com Putin e procurou desarticular a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar entre os Estados Unidos e as maiores potências europeias. A possibilidade de a Ucrânia aderir à organização foi o estopim da crise que levou à invasão russa.

Autoridades americanas também investigaram as denúncias de interferência russa na eleição presidencial de 2016, onde campanhas de desinformação orquestradas por Moscou teriam beneficiado Trump. Um relatório feito por senadores do partido de Trump constatou a tentativa de interferência russa.

Aliados de Trump foram condenados por mentirem durante as investigações da interferência russa, mas acabaram tendo as penas perdoadas pelo ex-presidente.