Aliada da Rússia, Belarus retira veto a armas nucleares de sua Constituição
Aliada da Rússia na invasão da Ucrânia, Belarus —ex-república soviética vizinha de ambos os países em conflito— aprovou hoje um referendo para alterar sua Constituição. Entre as mudanças, está o fim da proibição de armas nucleares no país.
Segundo a agência Reuters, a nova Constituição, apoiada pelo presidente Alexander Lukashenko —um dos mais próximos aliados de Putin na arena internacional— foi aprovada por 62,5% da população local.
Alinhado com o posicionamento russo, Lukashenko ameaçou os países do Leste Europeu que integram a Otan após a aprovação da mudança:
"Se vocês (o Ocidente) transferirem armas nucleares para a Polônia ou a Lituânia, para nossas fronteiras, eu pedirei para Putin trazer de volta as armas nucelares que eu abri mão sem nenhuma condição", reportou a Reuters.
A liberação de armas nucleares ocorre no mesmo momento em que Putin colocou em prontidão sua força militar de dissuasão, que inclui os armamentos nucleares —com aproximadamente 6 mil ogivas, a Rússia possui o maior arsenal atômico do mundo.
Belarus vem sendo criticada pela comunidade internacional por ter permitido que tropas russas usassem suas fronteiras como um dos frontes de ataque à Ucrânia durante a invasão. No poder há seis mandatos, Lukashenko enfrentou uma onda de protestos em 2020, mas conseguiu se manter no poder com base em uma violenta repressão —apoiada por Putin.
A Rússia vem sofrendo uma onda de sanções econômicas sem precedentes enquanto tenta tomar Kiev, a capital da Ucrânia, após avançar em território ucraniano por vários frontes vindos de Belarus, da Crimeia e das províncias rebeldes do Donbass, entre outros.
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