Ministro da Ucrânia: 'Petróleo da Rússia tem cheiro de sangue ucraniano'
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que o petróleo vendido pela Rússia tem cheiro de sangue dos ucranianos mortos na guerra, que alcança hoje o 11º dia. A mensagem foi direcionada à empresa Shell e a todas as que mantiveram acordos comerciais com a Rússia.
Parem de comprar o petróleo russo. Não só a Shell, mas outras empresas. Algumas medidas duras foram impostos à Rússia, mas sabemos que [eles ainda conseguem] muitos lucros, a maior parte do negócio do petróleo. Mas hoje o petróleo e gás russo tem cheiro de sangue ucraniano. Em vez de doar dinheiro para nós, parem de comprar petróleo russo
Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia
A fala do chanceler da Ucrânia dita em entrevista à CNN internacional é a similar a de ontem (5), onde ele pedia aos países da comunidade internacional mais sanções contra a Rússia. No sábado anterior (26), países do Ocidente anunciaram o congelamento de reservas internacionais da Rússia.
Como forma de isolar os russos, bancos locais estão sendo desligados da plataforma Swift —sistema de pagamentos entre instituições financeiras de mais de 200 países, coordenados pelos bancos centrais das dez maiores economias do mundo.
A sanção amplia a crise no funcionamento do sistema financeiro russo, uma vez que consegue atrasar o pagamento de transações comerciais e financeiras.
Kuleba também disse que as negociações com a Rússia seguem, mas que o país inimigo não para de atacar o território ucraniano e civis.
Ao comentar sobre as acusações russas sobre os ucranianos serem nazistas, o diplomata afirma que é um "absurdo" a classificação, principalmente porque o presidente Volodymyr Zelensky tem origem judaica.
Não faz qualquer sentido. É uma narrativa falsa de [Vladimir] Putin. Nós tivemos cuidado com as negociações com a Rússia, mas não há alternativa de achar um ponto em comum através da diplomacia neste momento
Dmytro Kuleba
'China não está interessada na guerra'
Em entrevista à CNN internacional, Kuleba também afirmou que a China está disposta a contribuir de forma diplomática no combate à invasão russa. O chanceler disse que falou pessoalmente com o ministro das Relações Exteriores da China, e que o país não tem interesse no conflito bélico.
"Eu mesmo falei com o ministro das Relações Exteriores da China e ele me garantiu que a China não está interessada nesta guerra e está pronta para fazer uma contribuição para encerrá-la por meio da diplomacia. Então nós agradecemos este esforço".
O diplomata reforçou ainda que foi o presidente russo Vladimir Putin quem começou a guerra e, por esse motivo, seria ele o responsável por pará-la.
"A Ucrânia não fará nenhuma concessão em relação às questões de sua integridade territorial", declarou.
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