Guerra Rússia x Ucrânia hoje: o que se sabe até agora
No 11º dia da invasão à Ucrânia, a Rússia negociou um segundo cessar-fogo com autoridades de Mariupol para permitir a saída de civis de áreas de conflito, mas o acordo falhou novamente. Autoridades da Rússia e Ucrânia trocam acusações mútuas de que não respeitaram a interrupção dos ataques.
A Rússia também intensificou os bombardeios em cidades ao redor da capital ucraniana, Kiev. Pela manhã, a Rússia bombardeou o único ponto para evacuação de civis no distrito de Irpin, a oeste de Kiev. Horas depois, oito mísseis russos destruíram o aeroporto de Vinnytsia, ao sudoeste.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, voltou a pedir que países do Ocidente criem uma "zona de exclusão aérea" ao redor do país. Assim, aeronaves russas poderiam ser abatidas por sistemas de defesa de países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) — mas o bloco, entendendo que isso agravaria e aumentaria a dimensão do conflito, descarta a medida, por ora.
Putin falou ao telefone com o presidente turco, Tayyip Erdogan, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, mas, como em outros esforços internacionais, eles não convenceram Moscou a cancelar a campanha.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou hoje relatório dizendo que a Rússia está atacando infraestrutura hospitalar, profissionais de saúde e pacientes. Pelo menos seis pessoas morreram em ataques a unidades de saúde desde o dia 24 de fevereiro.
Na Rússia, mais de 2 mil pessoas foram presas em protestos contra a guerra da Ucrânia. Os atos estão sendo incentivados pelo presidente ucraniano.
Confira o que se sabe até agora sobre a situação envolvendo Rússia e Ucrânia:
- Pelo segundo dia consecutivo, autoridades da Rússia e Ucrânia negociaram um cessar-fogo para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha, mas o acordo falhou;
- Um comboio humanitário chegou a sair da cidade de Zaporizhia para buscar pessoas em Mariupol;
- O único ponto para a evacuação de civis em Irpin, no oeste da capital Kiev, sofreu um bombardeio na manhã de hoje. Ao menos oito civis morreram sob os ataques, incluindo duas crianças, segundo informações de agências noticiosas atribuídas a membros do governo ucraniano;
- Oito mísseis atingiram o aeroporto de Vinnytsia, no sudoeste da capital Kiev. Quatro pessoas foram resgatadas dos escombros, uma delas morreu;
- O presidente Zelensky afirmou que a Rússia se prepara para bombardear Odessa, uma cidade estratégia e principal porto da Ucrânia;
- O presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltaram a conversar por telefone sobre guerra na Ucrânia. Detalhes do diálogo não foram revelados;
- A OMS informou que a Rússia realizou pelo menos quatro ataques contra hospitais, profissionais de saúde e pacientes na Ucrânia. Pelo menos seis pessoas morreram e 11 ficaram feridas;
- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou como "bastante críveis" os relatos que dão conta de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia durante a invasão da Ucrânia;
- O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, agradeceu o suporte internacional no combate ao avanço das tropas da Rússia, e afirmou que a China está disposta a contribuir de forma diplomática. Segundo o chanceler ucraniano, a China "não está interessada nesta guerra";
- Cerca de 4,3 mil pessoas foram detidas hoje por participação em protestos em várias localidades da Rússia contra a invasão à Ucrânia, informaram a ONG OVD-Info e a jornalista Hanna Liubakova, com base em informações do Ministério do Interior russo;
- American Express seguiu Visa e Mastercard e suspendeu atividades na Rússia;
- Rússia bloqueou Mediazona, um dos últimos meios independentes no país;
- Em Taiwan, centenas de manifestantes protestaram contra a invasão da Rússia no território da Ucrânia.
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