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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


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EUA afirmam que há relatos 'bastante críveis' de crimes de guerra da Rússia

Do UOL, em São Paulo*

06/03/2022 13h32

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou hoje como "bastante críveis" os relatos que dão conta de "crimes de guerra" cometidos pela Rússia durante a invasão da Ucrânia, em entrevista à CNN internacional. O conflito armado chega ao 11º dia, com mais de 1,5 milhão de pessoas migrando do país e centenas de civis mortos.

Recebemos relatos bastante críveis de ataques deliberados contra civis, o que constituiria um crime de guerra
Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken

O chefe da diplomacia americana, que fez essas declarações na Moldávia, após um encontro com autoridades na Polônia e na fronteira com a Ucrânia, considerou que a guerra poderia "durar algum tempo" e acrescentou que os EUA estão avaliando as informações sobre o possível crime de guerra.

Na sequência, Blinken declarou que o presidente russo Vladimir Putin "estava condenado a perder".

Ganhar uma batalha não é ganhar a guerra. Tomar uma cidade não significa que ele [Putin] conquistará os corações e as almas do povo ucraniano
Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken

"O povo ucraniano demonstrou que não permitirá ser anexado e governado por Vladimir Putin e pela Rússia", frisou.

A ofensiva russa agora atua sobre Kiev, no norte da Ucrânia, com reforço de bombardeios sobre cidades que resultaram na morte de dezenas de civis, principalmente em Chernihiv, situada 150 quilômetros ao norte da capital.

Os bombardeios durante o período da manhã no horário local ocorreram no único ponto para evacuação de civis no distrito de Irpin, a oeste de Kiev. Horas depois, oito mísseis russos destruíram o aeroporto de Vinnytsia, ao sudoeste.

Zelensky pede por 'zona de exclusão aérea'

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu mais uma vez que os países ocidentais criem uma "zona de exclusão aérea" ao redor do país.

A estratégia faria com que as aeronaves russas fossem abatidas por sistemas de defesa de países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O pedido, no entanto, é visto pela organização como uma maneira de agravar o conflito bélico e aumentar a dimensão da guerra. Por esse motivo, a criação da zona de exclusão foi descartada por hora.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que a Rússia está atacando a infraestrutura hospitalar, pacientes e profissionais de saúde.

Ontem, Putin disse que as sanções ocidentais contra o país são semelhantes a uma declaração e guerra. Como retaliação, ele alertou que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia seria o equivalente a entrar em um conflito com consequências "catastróficas".

A declaração ocorreu em um encontro com funcionárias da empresa aérea Aeroflot, onde Putin acrescentou que veria "qualquer movimento nessa direção" como uma intervenção que "representará uma ameaça" aos militares russos.

* Com Reuters