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Ministro da Ucrânia diz não ter 'expectativa alta' para reunião com Rússia

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 10h12Atualizada em 09/03/2022 10h21

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou hoje que não tem "expectativa alta" para a reunião com a Rússia. Ele vai se reunir amanhã com seu homólogo russo, o chanceler Sergei Lavrov, na Turquia para negociações a respeito da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que hoje completou duas semanas.

Kuleba disse no Facebook que o lado ucraniano está trabalhando duro para tornar as negociações "o mais eficientes possível". Ele afirmou, no entanto, que tem expectativas discretas. "Não tenho expectativas altas, mas definitivamente tentaremos tirar o máximo proveito disso", escreveu o ministro.

Segundo o chanceler ucraniano, a prioridade do país são um "cessar-fogo, libertar nossos territórios, e o terceiro ponto é, claro, resolver todas as questões humanitárias". "Este é um desastre humanitário criado pelo exército russo", acrescentou Kuleba.

O ministro também comentou as sanções aplicadas contra a Rússia e afirmou que ele vai para a reunião com Lavrov "com uma posição forte".

"O que obteremos no final é outra questão. Depende, em particular, de quais instruções e diretrizes o sr. Lavrov está adotando nessas negociações. Espero que ele aborde essas negociações de boa-fé, não de uma perspectiva de propaganda, mas realmente com a tarefa de encontrar uma solução para acabar com esta guerra iniciada pela Rússia", disse.

EUA baniu a importação de petróleo da Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem que os americanos vão deixar de importar petróleo, gás e carvão da Rússia. Investidores dos EUA também vão ficar impedidos de fazer investimento na Rússia. As medidas foram as mais duras sanções econômicas ao Kremlin até agora.

Durante o anúncio do bloqueio à importação, Biden disse que essa é uma oportunidade para que os EUA encontrem uma alternativa verde para diversificar as fontes energéticas do país. "Defender a democracia vai envolver custos, e vai envolver custos também para nós", afirmou o presidente americano.