Putin ataca sanções econômicas e as compara à perseguição a judeus
O presidente russo Vladimir Putin atacou as sanções econômicas impostas pelo Ocidente contra a Rússia em função da guerra contra a Ucrânia. Em uma reunião do governo que teve trechos exibidos na televisão, Putin chamou as medidas de "míopes" e as comparou à perseguição contra judeus.
"O Ocidente deixou cair a máscara da decência e começou a agir de maneira odiosa. Há paralelos com os pogroms antissemitas", disse o presidente.
Para ele, essas sanções são o início de uma política de longo prazo do Ocidente para manter a Rússia em xeque. Ele falou ainda que os países ocidentais buscam atingir todas as famílias russas com as sanções, e os acusou de se empenharem em uma campanha de informação sem precedentes contra a Rússia.
Operação é um sucesso
Na mesma ocasião, Putin avaliou que sua operação militar na Ucrânia é um "sucesso". Ele também afirmou que Moscou não deixará a Ucrânia se transformar em uma "cabeça de ponte" para "ações agressivas" contra a Rússia.
"A operação transcorre com sucesso, em estrita conformidade com os planos preestabelecidos", declarou Putin, assegurando, mais uma vez, que não tem a intenção de "ocupar" a Ucrânia.
Em sua fala, o presidente russo se voltou ao Ocidente e afirmou que ele não terá sucesso no que chamou de tentativa obter o domínio global e desmembrar a Rússia. No 21º dia da guerra deflagrada pela invasão russa da Ucrânia, Putin disse que, se o Ocidente pensa que a Rússia recuará, o Ocidente não compreende a Rússia.
O presidente russo ainda afirmou que está pronto para discutir o status neutro da Ucrânia em negociações destinadas a encerrar as hostilidades no país. Mas ponderou que Moscou alcançará os objetivos de sua operação militar.
*Com informações da Reuters e da AFP
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