Rússia x Ucrânia: Embaixadora dos EUA na ONU pede que Putin seja punido
A embaixadora e representante permanente dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas), Linda Thomas-Greenfield, condenou hoje, novamente, a invasão da Ucrânia pela Rússia e pediu que o presidente Vladimir Putin seja responsabilizado. Segundo ela, o "mundo é testemunha" dos crimes de guerra cometidos na região.
Em seu discurso nas Nações Unidas, ela reafirmou a crença de que o presidente russo estaria cogitando o uso de armas químicas e biológicas. Thomas-Greenfield afirmou que os EUA teriam ouvido "relatos chocantes" sobre campos de refugiados e ataques a jornalistas ou ativistas, e condenou as investidas militares realizadas mesmo após o cessar-fogo sugerido pelo governo russo para a movimentação de civis.
A representante dos EUA apoiou ainda o pedido do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, por uma investigação e responsabilização da devastação em Mariupol - citada como exemplo da "brutalidade da Rússia" - e Kharkiv, cidades que registram mais de dois mil civis desde o início da invasão russa.
"Temos vistos relatos devastadores sobre o sofrimento provocado pelas forças invasoras. Ao longo de sua guerra, o presidente Putin causou injustiça a seu próprio povo, em especial contra jovens que são forçados a sacrificar suas vidas por seu ego e ambição. Em um mês, a Rússia causou uma das maiores catástrofes humanitárias no mundo", declarou.
Os números da guerra
Segundo a embaixadora dos EUA na ONU, mais de 10 milhões de pessoas foram deslocadas e 12 milhões estão precisando de assistência por causa da guerra na Ucrânia. Ela ressaltou que 5,6 milhões de crianças estão impossibilitadas ir à escola, o que pode levar a uma "geração inteira de crianças ucranianas afetadas", de acordo com informações da Organização das Nações Unidas.
"Nos primeiros dias de guerra, a ONU pediu 1,7 milhões de dólares para a Ucrânia, países vizinhos abriram suas fronteiras para mais de 3,6 milhões de refugiados. A guerra da Rússia sobre a Ucrânia já está causando ameaças à segurança alimentar, o aumento de preços e a insegurança ameaçam desestabilizar sociedades frágeis, aumentar a migração e causar fome, isso quando o sistema humanitário mundial já está fragilizado", afirmou. "Este é o momento em que o mundo deve se unir contra a violência que causa um grande desastre humanitário".
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