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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Com entrave para retirar civis de Mariupol, Zelensky pede reunião com Putin

Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky - Reprodução/Telegram
Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky Imagem: Reprodução/Telegram

Do UOL, em São Paulo*

23/04/2022 08h52Atualizada em 23/04/2022 20h54

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou mais uma vez que quer se sentar junto ao presidente russo Vladmir Putin para pôr fim à guerra entre os dois países, guerra entre os países, que chega ao 59º dia. Nesta manhã, o plano de retirada dos civis residentes em Mariupol, invadida pela Rússia, foi mais uma vez frustrado.

"Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim a guerra", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô no centro de Kiev, de acordo com a agência AFP. O líder ucraniano disse não ter "medo" de se reunir com Putin para tentar chegar a um acordo.

O mais novo pedido de negociação — todos eles ignorados pelo Kremlin — se dá em meio à nova tentativa ocorreria hoje, no início da arde, mas 200 habitantes que se dirigiram ao ponto marcado para o embarque foram "dispersados" por militares da Rússia. Hoje, a

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, havia anunciado mais cedo sobre os planos em relação a Mariupol, que tinha como foco o translado de mulheres, crianças e idosos para fora da cidade.

Militar ucraniano observa as destruições após um bombardeio na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv - Sergey BOBOK/ AFP - Sergey BOBOK/ AFP
Militar ucraniano observa as destruições após um bombardeio na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv
Imagem: Sergey BOBOK/ AFP

Vereshchuk também alertou os civis para que estivessem atentos e "não sigam nenhum engano ou provocações" dos militares russos, que podem abrir um "corredor paralelo" e levar moradores a territórios controlados pela Rússia.

"Nossos corredores ocorrerão apenas no seguinte itinerário em direção a Zaporizhzhia: Manhush, Berdiansk, Tokmak, Orihiv", disse Vereshchuk.

O sábado começou com bombardeios no leste e no sul ucraniano. Após quase dois meses de conflito, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou que o país é apenas a primeira etapa da expansão da Rússia para o Leste Europeu.

Morte de civis no leste da Ucrânia

O chefe da administração regional militar de Luhansk, Serhiy Hayday, acusou as forças russas de bombardear casas de civis em Popasna e matar duas pessoas.

"Além das brigas nas ruas, o exército russo está constantemente bombardeando arranha-céus e casas particulares", disse ele para a CNN internacional.

Hayday acrescentou que moradores resistiram a cinco ataques russos, mas que nem todos sobreviveram.

"À noite, [um] morador de Popasna, de 66 anos, morreu e sua esposa ficou ferida. Além disso, mais uma pessoa morreu como resultado do bombardeio", acrescentou Hayday.

As autoridades locais informaram que cerca de 30 pessoas foram evacuadas da cidade vizinha de Severodonetsk, incluindo 15 pacientes acamados.

Os assentamentos em Luhansk estão sob o alvo da Rússia em meio a um amplo esforço militar para tomar e manter mais território na região leste de Donbas.

Bombardeios e mortes no sul

A cidade de Odessa, no extremo sul do país, à beira do Mar Negro, foi intensamente bombardeada neste sábado. Segundo Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, pelo menos cinco pessoas morreram, e outras 18 ficaram feridas. Entre elas, estava um bebê de três meses.

Em Mykilaiv, também no sul da Ucrânia, foi alvo de ataques durante a noite, segundo Vitaliy Kim, chefe da administração militar de Mykolaiv. Para preservar a vida dos civis, um toque de recolher foi anunciado antes da Páscoa — comemorada na Ucrânia seguindo o calendário da Igreja Ortodoxa.

Os civis foram informados que ataques da Rússia podem ocorrer durante o feriado e pediram aos cidadãos de algumas regiões que permaneçam o feriado em casa.

A região entre Mykolaiv e Kherson, a sudeste, passou por intensos combates nas últimas três semanas, quando as forças ucranianas lançaram contra-ataques.

*Com informações de AFP, DW e Reuters