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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin nomeia segurança como ministro de Emergência após morte de auxiliar

27.abr.2022 - O presidente russo, Vladimir Putin, discurso no Conselho dos Legisladores - Reprodução
27.abr.2022 - O presidente russo, Vladimir Putin, discurso no Conselho dos Legisladores Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

24/05/2022 16h15Atualizada em 24/05/2022 16h30

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, nomeou hoje o major-general Alexander Kurenkov, seu ex-guarda-costas pessoal, como novo ministro de Situações de Emergência. Ele ocupará o cargo deixado por Yevgeny Zinichev, que morreu ao cair de um penhasco quando tentava salvar um cinegrafista.

Segundo o jornal inglês Daily Mail, Kurenkov é o sexto guarda-costas de Putin a assumir um alto cargo no governo russo. O major-general é conhecido como "o homem sem rosto" e pouco se sabe sobre seu passado.

"Putin o conhece bem pessoalmente. E a escolha significa que, de acordo com o chefe de Estado, as qualidades pessoais, de serviço e profissionais de Kurenkov permitirão que ele cumpra essa função", afirmou o porta-voz presidenial, Dmitry Peskov.

De acordo com o jornal inglês, o ministro de Emergências é considerado um cargo de alto nível na Rússia lutando contra inundações, incêndios florestais e tempestades, mas também visto como um importante portfólio de segurança.

Críticos dizem que Putin está cada vez mais paranoico e só confia plenamente naqueles que provaram sua lealdade guardando sua vida.

Guerra faz 3 meses marcada por resistência; Rússia prolonga ameaça

A guerra entre Rússia e Ucrânia completa hoje três meses com ataques constantes ao território ucraniano, principalmente no leste.

"Que outro país resistiu a tantos ataques?", questionou, no pronunciamento noturno de ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, citando que o país foi alvo de "mais de 3.000 ataques aéreos de aeronaves e helicópteros russos" desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

Zelensky disse acreditar que "as próximas semanas da guerra serão difíceis", indicando que os russos não vão desistir de áreas ocupadas e que "eles estão tentando reforçar suas posições".

"No entanto, não temos alternativa a não ser lutar. Lutar e vencer. Libertar nossa terra e nosso povo. Porque os ocupantes querem nos tirar não apenas algo, mas tudo o que temos. Incluindo o direito à vida para os ucranianos", afirmou o presidente ucraniano.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse hoje que o "ritmo da ofensiva" russa teria diminuído em razão de corredores humanitários e "regimes de silêncio" em algumas áreas no território ucraniano: "É claro que isso diminui o ritmo da ofensiva, mas isso é feito deliberadamente para evitar baixas civis."

Hoje, no 90º dia da guerra, o governo da região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, prolongou por mais duas semanas o nível amarelo de ameaça terrorista, até 8 de junho.

"Isso ajudará nossos serviços especiais a manter o povo de Kursk seguro", disse o governador Roman Starovoit. Na semana passada, houve um ataque perto da fronteira.

A região ucraniana de Sumy, no nordeste do país e próxima a Kursk, sofreu novos ataques, com a cidade de Bilopillia sendo atingida. Autoridades ucranianas também relataram ataques em pontos das regiões de Kharkiv, Lugansk, Donetsk, no leste, e Mykolaiv, no sudeste.