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Piloto é investigado por dormir em voo e fazer caças serem acionados

ITA Airways - Reprodução/Twitter
ITA Airways Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

30/05/2022 11h48Atualizada em 30/05/2022 11h48

Um piloto da ITA Airways causou uma grande confusão após ter supostamente dormido durante um voo que ia de Nova York (EUA) para Roma (Itália). Ao entrar no espaço aéreo da França, o avião ficou dez minutos sem dar uma resposta para o Centro de Controle de Marselha, o que gerou um alerta nas autoridades, que acionaram caças para interceptar a aeronave.

O caso ocorreu no final de abril, mas foi divulgado ontem pelo The Aviation Herald, site que compartilha relatórios de acidentes e incidentes em voos comerciais. Segundo a publicação, o avião estava em rota a 38 mil pés de altitude (11.580 metros) e a 200 milhas náuticas (370 km) a noroeste de Marselha (França).

Devido à localização, a comunicação foi repassada ao Centro de Controle de Marselha. No entanto, o piloto não se apresentou ao comando por dez minutos.

Aviões de caça foram acionados, com o intuito de interceptar a aeronave que supostamente invadia o espaço aéreo. O temor era o de um ataque.

Um incidente mais grave foi evitado por pouco, já que tripulação iniciou a comunicação com o Centro de Marselha a tempo.

A aeronave seguiu a rota e conseguiu pousar de forma segura em Roma.

Segundo o jornal britânico The Telegraph, o comandante foi demitido após a ocorrência. A publicação ainda informou que o copiloto também havia cochilado no avião, em um "descanso controlado", procedimento permitido, desde que o comandante esteja acordado e acessível.

No Twitter, Michele Anzaldi, um parlamentar italiano, fez um pedido oficial de desculpas pela operadora estatal.

"O que aconteceu no voo da ITA de Nova York, onde os dois pilotos adormeceram, é muito grave", disse ele. "A empresa tem o dever de garantir que isso nunca mais aconteça e deve pedir desculpas aos passageiros."

Ao jornal britânico, a ITA Airlines ainda informou que o comandante negou ter adormecido e que a demissão ocorreu porque o comportamento do capitão "não estava em conformidade com o procedimento" tanto durante o voo quanto após o pouso. No entanto, a companhia área não informou qual teria sido o motivo do silêncio no rádio.

O porta-voz da empresa, Davide D'Amico, também afirmou que a segurança dos passageiros nunca foi comprometida.