Traficante brasileiro tido como comerciante de pescado é morto na Colômbia
O narcotraficante brasileiro Afonso Celso Caldas de Lima, 42, conhecido como "Celsinho da Compensa", foi morto a tiros na cidade de Leticia, em meio a Amazônia colombiana. Ele tinha uma condenação de 24 anos por tráfico de drogas e era procurado pela Interpol, que lida com crimes de status internacional, por ser um dos maiores exportadores de cocaína na América do Sul.
Celsinho chegou a ser preso em 2016, mas fez parte de um grupo de 38 detentos que cavou um túnel de 11 metros para fugir de um Centro de Detenção em Manaus, em 2017. Ele foi alvejado na quarta (15) enquanto almoçava em um restaurante em uma área turística, acompanhado de outros três cidadãos brasileiros, segundo o jornal El Tiempo.
Além de Afonso, uma turista holandesa de 25 anos, que estava em uma mesa vizinha, e o advogado Alexander do Nascimiento Cordeiro, que almoçava com o criminoso, também foram atingidos. A jovem morreu ainda no local, enquanto Alexander está internado em estado grave.
Ainda de acordo com o El Tiempo, o sócio de Afonso em seus negócios na Colômbia, Graça Alves, é sobrinho de Antonio da Mota Graça, chefe da organização criminosa FDN (La Familia del Norte), uma das mais poderosas da América do Sul ao lado do PCC (Primeiro Comando da Capital), que teve origem em São Paulo.
Membros da facção paulistana são suspeitos do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, morto em 10 de maio em Cartagena, também na Colômbia, durante lua-de-mel.
Afonso teria chegado a Leticia apenas três dias antes do crime, com planos de viajar para Bogotá, capital do país, na quinta (16).
Apesar do longo histórico de Afonso com o tráfico, na Colômbia, ele era conhecido apenas como um "comerciante de pescado". O "Fantástico", da TV Globo, procurou a polícia local para apurar uma possível conexão entre o comércio ilegal de peixes e o tráfico de drogas, mas as autoridades afirmaram não enxergar uma ligação direta, a não ser em um possível transporte conjunto de ambas mercadorias.
"Reitero que na Colômbia o conhecíamos como comerciante de pescado, e só depois, falando com autoridades do Brasil e do Peru soubemos que tinha uma longa ficha criminal", disse o coronel William Lara, ao programa da emissora carioca.
Afonso era alvo da polícia do Amazonas desde novembro de 2015, quando acabou fugindo de um mandado de prisão expedido durante a operação "La Muralla". Membro da facção RDA (Revolucionários do Amazonas), ele foi preso apenas em fevereiro de 2016 e enviado para o presídio em Manaus, aonde ficou até a fuga, no ano seguinte.
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