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Pelosi: Xi Jinping age como um 'valentão assustado' em relação a Taiwan

Nancy Pelosi em encontro com o presidente da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Kim Jin-pyo, em 4 de agosto de 2022 - Kim Min-Hee/Divulgação via Reuters
Nancy Pelosi em encontro com o presidente da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Kim Jin-pyo, em 4 de agosto de 2022 Imagem: Kim Min-Hee/Divulgação via Reuters

Do UOL, em São Paulo

09/08/2022 11h17

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, chamou o presidente chinês Xi Jinping de "scared bully" (um "valentão assustado", em tradução livre), ao ser questionada sobre os exercícios militares da China na região próxima a Taiwan.

Pelosi, a "pivô" da mais nova tensão entre os Estados Unidos e a China por sua visita recente à ilha, criticou a reação do governo chinês à viagem e disse que Xi está preocupado com a economia e com sua recondução ao cargo, esperada após comitê do Partido Comunista Chinês em novembro.

"Ele está com problemas com a economia, agindo como um bully assustado", declarou. "Não fomos lá para falar da China, mas sim de Taiwan. Nosso propósito era [discutir] segurança, economia e governo".

A presidente da Câmara também criticou o suposto empenho chinês de isolar Taiwan da comunidade internacional.

"Ele não vai impedir membros do Congresso de visitar Taiwan. Não seremos cúmplices do isolamento de Taiwan", declarou, relembrando uma visita de senadores dos EUA à ilha recentemente que não gerou "barulho", segundo ela.

Pelosi foi a primeira presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a visitar em ilha em 25 anos.

A China considera Taiwan como parte de seu território e busca a reunificação, oficialmente, por meios pacíficos; já o governo de Taiwan tenta se afastar da hipótese e busca reconhecimento internacional.

Exercícios militares continuam

Desde a chegada de Pelosi à ilha, a China anunciou uma série de exercícios militares na região próxima a Taiwan, que se tornaram os maiores da história a serem conduzidos pelo governo central chinês.

Em retaliação aos EUA, a China também suspendeu ou cancelou encontros e conversas marcadas com o governo de Joe Biden em áreas como segurança, tráfico de drogas e mudanças climáticas — um dos focos do governo do democrata.

Nesta terça-feira (9), Taiwan realizou uma simulação de defesa da ilha com munição real de artilharia após as grandes manobras militares executadas pela China ao redor de seu território, ao mesmo tempo que acusou Pequim de preparar uma invasão.