Após discurso de Bolsonaro, NY Times traduz 'imbrochável' para o inglês
O jornal norte-americano New York Times precisou traduzir a palavra "imbrochável" no texto em que repercutia os atos em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil. Em Brasília, na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (PL) puxou um coro de "imbrochável" e comparou a esposa, Michelle Bolsonaro, a outras primeiras-damas.
"Imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável", gritou Bolsonaro ao lado da primeira-dama, políticos e apoiadores.
O periódico explicou que esta é uma palavra em português "um pouco vulgar" e adotada pelo presidente como parte de seu discurso político: "The crowd began chanting 'imbrochável', a slightly vulgar Portuguese word that translates roughly to 'never limp' that Mr. Bolsonaro has adopted as part of his political brand."
O discurso foi feito num caminhão de som do agro, próximo do local do desfile oficial, que havia acontecido minutos antes. Estavam presentes o vice-presidente, Hamilton Mourão, o empresário investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) Luciano Hang, o pastor da Assembleia de Deus Silas Malafaia, além de deputados bolsonaristas e outros apoiadores.
O jornal também ressaltou que Bolsonaro adotou uma "retórica mais suave". A reportagem de Jack Nicas, correspondente do NY Times no Brasil, trouxe um panorama sobre as manifestações pelo país.
Como imprensa internacional destacou Bolsonaro no 7/9. Outros jornais e sites internacionais também repercutiram as comemorações pelo país e citou a estratégia do presidente de usar o tradicional desfile militar como um "evento de campanha" para as eleições presidenciais de outubro.
O jornal El País, da Espanha ressaltou que "o presidente de extrema-direita pretende capitalizar o bicentenário, reunir uma multidão de seguidores nas ruas para desmentir pesquisas que o colocam atrás Lula e dar impulso definitivo em sua campanha".
O Washington Post, dos Estados Unidos, seguiu a mesma linha e disse que Bolsonaro "tomou para si a missão de incentivar o patriotismo brasileiro, e cooptou as cores nacionais verde e amarela como suas".
"Ele preencheu sua administração com oficiais militares e buscou repetidamente seu apoio, mais recentemente para lançar dúvidas sobre a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do país", afirmou o jornal.
Já a CNN destacou que, embora o 7 de Setembro seja um feriado nacional apartidário, "o presidente muitas vezes se refere a isso como um marco importante em sua campanha de reeleição, dizendo aos apoiadores que se preparem para 'dar suas vidas' nesse dia".
A agência Reuters, por sua vez, afirmou que o mandatário "misturou" desfiles militares do Dia da Independência com atos de campanha, citando críticas feitas por opositores à gestão dele.
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