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Rússia utiliza músicas do Slipknot e Abba como tortura, diz ex-prisioneiro

27.set.2015 - Corey Taylor, vocalista do Slipknot, canta sucessos da banda norte-americana em show na Arena Anhembi, em São Paulo - Junior Lago/UOL
27.set.2015 - Corey Taylor, vocalista do Slipknot, canta sucessos da banda norte-americana em show na Arena Anhembi, em São Paulo Imagem: Junior Lago/UOL

Colaboração para o UOL

25/09/2022 10h29Atualizada em 26/09/2022 08h05

O soldado britânico Shaun Pinner, que lutou ao lado das forças da Ucrânia durante a guerra contra a Rússia, revelou ao jornal The Sun que as tropas russas utilizaram músicas da banda de heavy metal Slipknot e do grupo pop Abba como tortura durante sua prisão.

A reportagem, publicada ontem, diz que o homem de 48 anos teve que ouvir o hit pop "Mamma Mia" repetidamente por 24h durante as sessões de tortura. Ele sobreviveu à base de pão velho e água suja.

"Eu nunca mais quero ouvir outra música do Abba. Eu os odiava de qualquer maneira, então era realmente uma tortura", disse o britânico.

Pinner é casado com uma ucraniana. Após a invasão da Rússia em fevereiro deste ano, ele viajou para a região de Donbass e lutou contra separatistas pró-Moscou. Tendo servido anteriormente ao Reino Unido, ele estava no exército ucraniano como soldado contratado.

O britânico foi capturado em abril durante um cerco em Mariupol. "Eu sabia que era ruim, então liguei para minha esposa e dei a ela minha mensagem de morte. Mas ela nem chorou".

Condenados à morte

De acordo com a reportagem do The Sun, Shaun Pinner e seu colega, também britânico, Aiden Aslin, foram condenados à morte em junho como mercenários por um tribunal simulado. Ele, então, transferido para uma prisão diferente.

"As condições eram melhores, mas eles ainda tocavam música - e desta vez foi 'Believe', da Cher", conta.

Na semana passada, o soldado britânico foi liberado após uma troca de prisioneiros intermediada pelo bilionário russo Roman Abramovich.

Pinner, que é torcedor do West Ham, disse que conversou com o ex-proprietário do Chelsea. "Tiramos uma foto com ele e perguntei por que ele não comprou o West Ham. Ele disse porque o Chelsea era mais perto de sua casa. Ele realmente salvou minha vida".