Agroglifos e geoglifos ocorrem em várias partes do mundo; conheça alguns
O fenômeno onde gigantescas figuras no solo, a maioria geométricas, podem ser vistas do alto, como o que surgiu esta semana em Santa Catarina, no Brasil, está presente em diversas partes do mundo. Ele é dividido em dois tipos. Os geoglifos, onde as figuras são desenhadas no chão, em morros ou regiões planas, e os agroglifos, criados por meio do "achatamento" de plantações.
Os geoglifos concentram-se, em grande parte, no Peru, principalmente na região onde se encontram as chamadas linhas de Nazca. No Brasil, eles foram localizados no Acre, em plena região amazônica. Mas há registros dessas formas imensas vistas do céu em países como Austrália, Bolívia, Chile, Estados Unidos e Reino Unido.
O Reino Unido, aliás, é o campeão no surgimento dos agroglifos, como o que foi registrado em Santa Catarina esta semana. Ainda não se sabe exatamente quem os cria ou sua razão de existir, mas é fato que eles instigam a curiosidade humana por suas formas e simbolismos. Conheça alguns:
Fazendas na Amazônia
Sobrevoos realizados no Acre em 2009 mostraram alguns dos mais de 800 geoglifos do tipo mapeados na Amazônia. Muitos deles hoje estão sendo destruídos ou ameaçados pela expansão do agronegócio.
O primeiro geoglifo do Acre foi localizado em 1977, em pesquisas lideradas pelo professor Ondemar Dias, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Segundo o pesquisador Alceu Ranzi, as figuras são obras de um povo que viveu na região muito antes da chegada de Cabral e que, por isso, devem ser protegidos e preservados para as gerações futuras.
Discos no Peru
Dois extraordinários geoglifos em forma de discos irradiados foram analisados pela pesquisadora italiana Amelia Carolina Sparavigna em Puno, Peru, usando imagens de satélite. Ela descobriu que a maioria das figuras circulares possuem conotações matemáticas, podendo estar relacionadas com astronomia ou locais de culto.
Na sua pesquisa, ela acrescentou que as figuras escavadas no solo devem ter cerca de 1,5 mil anos. Em um deles a circunferência é perfeita e apresenta inúmeras linhas em forma de raios, mas cerca de metade do disco, com cerca de 100 metros de diâmetro, está destruída.
Cruz templária na França
O aparecimento de um símbolo gigantesco em um campo de trigo, em 2020, atraiu a atenção de curiosos na cidade de Vimy, na França. A origem do agroglifo já gerou inúmeras especulações. Algumas pessoas acreditam se tratar de uma referência aos cavaleiros templários e ao passado turbulento da cidade, devastada pelos combates na Primeira Guerra Mundial.
Mandala na Suíca
Um agroglifo em forma de mandala surgiu na Suíca em 2012, em um campo de trigo perto da passagem de nível Guntmatingen/Löhningen, em Schaffhausen, na Suíça. No mesmo ano, padrões misteriosos surgiram nos campos na comunidade de Büsingen - não muito longe do círculo de Schaffhausen.
Círculo na Hungria
Na noite de 8 de junho de 1992, um círculo de plantação de 36 metros de diâmetro apareceu em um campo de trigo perto de Szekesfehervar, 70 quilômetros a sudoeste de Budapeste. O círculo foi descoberto pelo piloto de helicóptero de resgate marítimo Laszlo Otvos em 26 de junho, que relatou seu avistamento à imprensa.
Tríscele na Inglaterra
Este enorme agroglifo de 240 metros apareceu em 2001 na área remota de Milk Hill em Wiltshire, Inglaterra. O design elaborado é composto por 409 círculos que formam um padrão chamado tríscele duplo ou de seis lados, sendo um motivo composto por três espirais entrelaçadas.
O tríscele é o símbolo celta identificativo de quatro regiões europeias: a Bretanha, a Ilha de Man, a Galiza e a Sicília. Entre os seus significados estão o da busca pelo equilíbrio entre corpo, mente e espírito ou o passado, presente e futuro.
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