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'Vampiro real' dorme em caixão e explica por que não bebe sangue

Para Andreas, seu vampirismo está fortemente ligado à sua conexão com a figura histórica Vlad Tepes, ou Vlad, o Empalador, que lhe inspirou quando ele apareceu nos sonhos do jovem - Reprodução
Para Andreas, seu vampirismo está fortemente ligado à sua conexão com a figura histórica Vlad Tepes, ou Vlad, o Empalador, que lhe inspirou quando ele apareceu nos sonhos do jovem Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, de Santo André (SP)

01/11/2022 08h33

Andreas Bathory, um jovem britânico que se autoproclama vampiro, decidiu contar sobre sua vida na Transilvânia e explicou como os que ele chama de "vampiros reais" são muito diferentes daqueles que você está acostumado a ver no cinema e na televisão. Ele afirma que esses seres andam entre nós, muitas vezes sem serem detectados.

O vampiro afirma que o senhor da guerra Vlad Tepes, conhecido como Vlad Drácula, o visitou em um sonho e falou sobre a vida nos terrenos do Castelo de Bran, na Transilvânia. Recentemente, Bathory conversou com o portal The Mirror sobre seu 'vampirismo'.

O jovem afirma que encontra paz ao dormir em um caixão — e que sua esperança é abrir um hotel para outros como ele na Transilvânia. "A comunidade moderna de vampiros está agora muito focada na 'natureza material da vida' e baseada em instintos humanos como práticas sexuais, emoções humanas", contou ele.

Ele foi claro ao enfatizar que não tem "nada contra" a prática que outros escolhem seguir, mesmo que não compartilhem do mesmo foco na tradição que ele afirma ter.

Andreas segue uma série de tradições famosas em lendas urbanas, mas diz que não bebe sangue e desencoraja as pessoas a fazerem isso, por ser um "risco para a saúde" e uma "prática espiritual perigosa".

Ele diz que o sangue não é realmente necessário para manter um vampiro vivo, já que é apenas uma "metáfora que representa a força da vida" que foi tirada da mitologia.

Dormir em caixão e outras tradições

Segundo ele, os vampiros também não precisam temer a luz do sol, cruzes, alho ou espelhos. Mas alguns ainda gostam de dormir em caixões, incluindo o próprio, que afirma que a prática o ajuda a se conectar com forças invisíveis.

Ele disse: "Tenho um lindo caixão novo e estou pensando em abrir em breve um pequeno hotel para vampiros aqui na Transilvânia. A experiência para outras pessoas pode ser incrível e, ao mesmo tempo, pode ser uma terapia para quem tem medo de morte.

vampiro - Reprodução - Reprodução
"Eu não falo com ninguém que conheço sobre meu vampirismo. Fazer isso é muito perigoso. Requer pessoas de um nível muito alto de compreensão" revelou Andreas
Imagem: Reprodução

"Durmo no meu caixão quando quero um pouco de paz e sossego ou para meditar e recarregar por alguns dias. Durante anos fiz uma vasta pesquisa sobre a existência de vampiros, dormindo em um caixão e ficando dias em cemitérios". De acordo com ele, isso o ajudou a se conectar com muitas "forças invisíveis".

Tipos de vampiros

Andreas continuou explicando como dentro da comunidade de vampiros "existem muitas hierarquias, de vários níveis de evolução". Ele conta que o vampirismo envolve muitos estágios ou níveis. Existem aqueles que estão muito próximos da natureza humana, que tentam adaptar um estilo específico ou escapar da realidade interpretando um papel. Alguns deles estão vivendo dentro de uma fantasia, diz ele.

"Outros nascem com a capacidade de tirar a energia de outras pessoas e muitos fazem isso inconscientemente. Outra categoria são aqueles que vivem praticando um vampirismo como caminho espiritual, mas ao mesmo tempo estão envolvidos em uma combinação de traços humanos que são vampiros às vezes e humanos em outros momentos. Eles flutuam entre os dois", adiciona ele.

"Aqui na Transilvânia, há muitos séculos, estamos procurando mais do que meramente a natureza humana, os desejos e luxúrias humanas."
Andreas Bathory

Ele ainda afirma que há aqueles com dons e poderes de uma vibração mais elevada. Estes são da categoria de vampiros que eventualmente se afastam das pessoas e geralmente fazem isso porque seu nível de compreensão e vibração é muito diferente do resto do mundo.

"Além disso, temos na Transilvânia outra categoria chamada Moroi e Strigoi, também chamados de 'mortos-vivos'. Esse fenômeno acontece quando as entidades mortas-vivas do mundo invisível habitam pessoas que morreram recentemente para usar seus corpos para voltar à o mundo material para se alimentar, mas não com comida. Eles se alimentam com a força vital dos seres humanos. A força vital que aparece nos mitos dos vampiros como sangue", finaliza ele.