Trump não é apto para ocupar nenhum cargo, diz deputada republicana
A deputada do partido dos Republicanos, Liz Cheney, vice-presidente do comitê seleto da Câmara dos Representantes que investiga a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, afirmou hoje que a negativa do ex-presidente Donald Trump.para deter imediatamente a invasão do Capitólio mostra que ele "não é apto para ocupar nenhum cargo".
Conforme a AFP, a declaração foi dada durante a reunião final do comitê. Na ocasião, a comissão pediu aos promotores federais que indiciem o ex-presidente pelos crimes de obstrução e insurreição por seu papel no início da invasão de 6 de janeiro de 2021.
"Ninguém que se comportou assim naquele momento pode voltar a ocupar um cargo de autoridade em nossa nação", declarou Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney. "[Trump] não é apto para ocupar nenhum cargo", enfatizou ela na reunião final do comitê.
No último dia 15 de novembro, Trump anunciou a sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2024. O ex-presidente fez o anúncio uma semana após as eleições de meio de mandato, nas quais os republicanos não conseguiram conquistar tantos assentos no Congresso quanto esperavam.
Ainda durante a coletiva desta segunda, Cheney revelou mais detalhes sobre a investigação do comitê. "No início de nossa investigação, entendemos que dezenas de milhões de americanos foram persuadidos pelo presidente Trump de que a eleição de 2020 foi roubada por uma fraude esmagadora. E também sabíamos que isso era totalmente falso. Sabíamos que dezenas de juízes estaduais e federais abordaram e resolveram todos os tipos de alegações sobre a eleição", disse Cheney, conforme a CNN.
"Nosso sistema jurídico funcionou como deveria. Mas nosso presidente não aceitaria o resultado. Uma das descobertas mais vergonhosas deste comitê foi que o presidente Trump sentou-se na sala de jantar do Salão Oval assistindo ao violento tumulto no Capitólio na televisão", completou Cheney.
Ela continuou descrevendo como Trump não se comoveu com "apelos urgentes" de pessoas ao seu redor para "emitir uma declaração pública instruindo seus apoiadores a se dispersarem e deixarem o Capitólio", mesmo quando os manifestantes atacaram policiais e interromperam a contagem eleitoral.
"Além de ser ilegal conforme descrito em nosso relatório, isso foi uma falha moral total e um claro abandono do dever", acrescentou Cheney.
A comissão passou 18 meses investigando a tentativa de impedir a transferência pacífica de poder por milhares de apoiadores de Trump, inspirados por suas falsas alegações de que a derrota nas eleições de 2020 para o presidente Joe Biden foi resultado de fraude generalizada.
No episódio investigado pela Comissão, cinco pessoas, incluindo um policial, morreram durante ou logo após o incidente, e mais de 140 policiais ficaram feridos. O Capitólio sofreu milhões de dólares em danos.
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