França: Atos contra reforma da previdência reúnem multidão e têm confronto
Em meio a greve e protestos para demonstrar insatisfação, os transportes públicos foram parcialmente interrompidos, tanto na rede ferroviária quanto no metrô de Paris, e muitas escolas permaneceram fechadas.
De acordo com Philippe Martinez, secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), dois milhões de pessoas participaram dos atos em toda a França, enquanto a polícia estimou em 1,12 milhão de pessoas nos protestos contra a reforma.
Confrontos com a polícia. Vídeos mostram confrontos entre policiais e manifestantes (veja acima). Foram registradas explosões e uso de gás lacrimogêneo, enquanto franceses atearam fogo em ruas para fazer bloqueios.
Cartazes narravam que a rotina na França seria de "metrô, trabalho e caixão", caso a mudança seja aprovada.
O que a reforma estipula? O projeto apresentado pelo governo francês tem como principal medida o adiamento da idade de aposentadoria integral para 64 anos, contra 62 hoje.
A proposta enfrenta uma frente sindical unida e hostilidade da opinião pública, de acordo com pesquisas publicadas recentemente.
Atos em Paris. Na capital, um cortejo foi organizado por volta das 14h15, hora local (10h15 pelo horário de Brasília) a partir da Praça da República, ao norte de Paris. A imensa adesão de participantes fez com que a marcha demorasse para sair. Eram cerca de 400 mil manifestantes, segundo informação da CGT, enquanto o número oficial ainda não tinha sido divulgado.
"Pedimos ao governo para não escolher o caminho da irresponsabilidade. Mas, ao contrário, ser razoável. E voltar atrás nesse projeto de reforma, achar meios para ter uma verdadeira melhoria na aposentadoria dos franceses", disse Laurent Escure, da UNSA (União Nacional dos Sindicatos Autônomos).
"É uma luta global contra o sistema. Desde o começo, Macron nos impõe suas leis liberais, ele não defende o serviço público e agora é a previdência. Nós queremos uma aposentadoria aos 55 anos para as profissões mais difíceis e 60 anos para as restantes. Nós queremos uma vida digna", resume Joachim, um estudante.
(Com RFI)
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