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Terremoto de magnitude 7,8 deixa 11.200 mortos na Turquia e na Síria

Do UOL*, em São Paulo

06/02/2023 06h49Atualizada em 08/02/2023 12h36

O terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e a Síria no último domingo já deixou mais de 11.200 mortos. O governo da Turquia atualizou para 8.573 o número de vítimas fatais. Pelo menos 34.810 pessoas ficaram feridas. Já na Síria são pelo menos 2.662 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde do país, com 3.500 feridos.

O número de mortos, porém, pode ser ainda maior. Segundo a organização Capacetes Brancos, grupo de socorristas na Síria, outras 700 pessoas teriam morrido —o número, porém, não é oficial.

Um segundo tremor foi confirmado por autoridades turcas, mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) fala em magnitude de 7,5, às 13h24 da segunda-feira no horário local (7h24 no horário de Brasília).

Consequências da tragédia sendo contabilizadas

Na Turquia, ao menos 3.775 prédios ficaram destruídos e buscas por vítimas soterradas continuam.

A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011. O gás foi cortado em toda a área e, em pelo menos três províncias da Turquia, houve danos na rede com registros de explosões.

O presidente turco, Recep Erdogan, declarou estado de emergência por três meses em dez cidades afetadas, segundo o jornal turco TRT

Imagem: Arte/UOL

Horas depois do primeiro terremoto, um tremor secundário de magnitude 7,6 atingiu o sudeste da Turquia — a 4 km da região mais atingida pelo primeiro terremoto.

Um castelo de ao menos 2 mil anos foi destruído com os tremores de terra.

Pelo menos três aeroportos turcos foram fechados: Hatay, Maras e Gaziantep. A pista do terminal de Hatay ficou destruída. Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Todas as escolas da Turquia foram fechadas até 13 de fevereiro, para que todas as províncias possam administrar a situação e familiares possam acessar as áreas atingidas, se necessário, contando com as unidades escolares para ter acomodação e alimentação..

A companhia aérea Turkish Airlines está oferecendo voos grátis partindo de áreas afetadas pelos terremotos até 13 de fevereiro.

Moradores das províncias de Dohuk e Mosul, no Iraque, afirmaram ter sentido "um leve tremor" na região, segundo a Al Jazeera.

Os tremores de terra foram sentidos até na Groelândia, a mais de 5,5 mil quilômetros de distância da Turquia, segundo informou à AFP o Instituto Geológico dinamarquês.

Terremoto deixa milhares de feridos na Turquia e Síria

O que dizem as autoridades

O terremoto foi considerado pelo presidente turco como o mais letal desde 1939, quando cerca de 33 mil pessoas morreram. Em 1999, outro tremor de terra matou ao menos 17 mil pessoas.

Os socorristas definiram a situação como "catastrófica" em postagem no Twitter e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

O presidente Lula manifestou sua solidariedade aos países atingidos pelo tremor:

O Ministério das Relações Exteriores disse que não há informações de brasileiros entre os mortos ou feridos. Mais cedo, o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia, Marcelo Marotta Viegas, confirmou que há brasileiros entre os desabrigados em entrevista à BandNews FM.

O governo disse ainda que está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto, por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em coordenação com os países das áreas atingidas.

Alemanha, França, Itália, Ucrânia e União Europeia se manifestaram em tom apoio à Turquia e à Síria após os terremotos.

Emmanuel Macron, presidente da França, afirmou que o país "está pronto para fornecer ajuda de emergência às populações no local".

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, expressou sua "solidariedade às pessoas afetadas", e destacou que "a Proteção Civil italiana já tem disponibilidade para contribuir com os primeiros socorros".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em "consternação" diante da tragédia, sobretudo com "o crescente número de mortos". Ele conversou com o presidente turco, Recep Erdogan, e prometeu apoio ao país.

O rei da Inglaterra, Charles, em suas redes sociais, disse estar "chocado e profundamente triste com os terremotos devastadores na Turquia", e disse estar pensando e rezando por todos os afetados pelo desastre.

A Arábia Saudita determinou que apoiará a Síria e a Turquia na recuperação dos danos causados pelos terremotos, provendo "saúde, abrigo, alimentos e assistência logística".

O governo ucraniano Volodymyr Zelensky enviará 87 socorristas à Turquia.

(*) Com agências internacionais

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