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Terremoto: Até o momento não há brasileiros entre vítimas, diz Itamaraty

Busca por vítimas em Diyarbakir, na Turquia, após terremoto - REUTERS/Sertac Kayar
Busca por vítimas em Diyarbakir, na Turquia, após terremoto Imagem: REUTERS/Sertac Kayar

Colaboração para o UOL, em Maceió

06/02/2023 11h38Atualizada em 06/02/2023 12h37

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que acompanha "com grande preocupação" as informações sobre o terremoto na Turquia e na Síria.

Não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos. As embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral do Brasil em Istambul, estão acompanhando os desenvolvimentos no terreno, em regime de plantão."

O Itamaraty também enfatizou que o Brasil está em coordenação com os países das áreas atingidas, para providenciar formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto.

Mais cedo, o presidente Lula (PT) manifestou solidariedade aos turcos e sírios por meios das redes sociais. Nessas plataformas, diversos líderes mundiais também prestaram solidariedade aos países e às vítimas, e anunciaram socorro.

O terremoto de magnitude 7,8 com epicentro na Turquia, que também atingiu a Síria, provocou a morte de mais de 2.300 pessoas somando as vítimas de ambos os países.

Ao menos 2.834 prédios ficaram destruídos na Turquia, indicativo de que o número de mortos pode aumentar. As buscas por vítimas soterradas continuam.

A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011.

Horas depois do primeiro terremoto, um tremor secundário de magnitude 7,6 atingiu o sudeste da Turquia — a 4 km ao sul da cidade de Ekinozu, em Kahramanmaras, região mais atingida pelo primeiro terremoto. Na região, um repórter que fazia uma transmissão ao vivo correu para escapar de um desabamento e acabou salvando uma criança.

O segundo tremor foi confirmado por autoridades turcas, mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) fala em magnitude de 7,5, às 13h24 no horário local (7h24 no horário de Brasília).

Moradores das províncias de Dohuk e Mosul, no Iraque, afirmaram ter sentido "um leve tremor" na região, segundo a Al Jazeera.

Os tremores de terra foram sentidos até na Groenlândia, a mais de 5,5 mil quilômetros de distância da Turquia, segundo informou à AFP o Instituto Geológico dinamarquês.

Cenário de destruição

Mais de mil prédios desabaram completamente, sugerindo um número mais grave de mortos e feridos, disse o vice-presidente turco Fuat Oktay. Um castelo de ao menos 2 mil anos foi destruído com os tremores de terra.

O gás foi cortado em toda a área e, em pelo menos três províncias da Turquia, houve danos na rede com registros de explosões.

Pelo menos três dos aeroportos da área afetada foram fechados em três das cidades mais atingidas: Hatay, Maras e Gaziantep.

Nas regiões nas mãos dos rebeldes, perto da Turquia, são os socorristas Capacetes Brancos, que ajudam a contabilizar as vítimas. Foram eles que relataram 380 mortos e mais de mil feridos na província de Idlib e nos arredores de Aleppo, no norte do país.

Os socorristas ainda definiram a situação como "catastrófica" em postagem no Twitter e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.

Além disso, a neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir.

Terremoto na Turquia e na Síria - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL