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Líderes mundiais oferecem ajuda para Turquia e Síria após terremoto

Primeiro tremor, de magnitude 7,8, deixou mais de 1400 mortos na Turquia e na Síria; na imagem, a cidade síria de Jandaris - Khalil Ashawi/Reuters
Primeiro tremor, de magnitude 7,8, deixou mais de 1400 mortos na Turquia e na Síria; na imagem, a cidade síria de Jandaris Imagem: Khalil Ashawi/Reuters
Mariana Durães e Tiago Minervino

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em Maceió

06/02/2023 09h37Atualizada em 06/02/2023 22h09

Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido Ucrânia e União Europeia se manifestaram em tom apoio à Turquia e à Síria, após os países serem atingidos por um forte terremoto, que provocou a morte de mais de 2,7 mil pessoas, deixou milhares de feridos e desabrigados.

Nas redes sociais, os líderes mundiais falaram em "imagens terríveis" que chegam dos dois países e se dispuseram a enviar a ajuda necessária nesse momento.

Emmanuel Macron, presidente francês, afirmou que o país "está pronto para fornecer ajuda de emergência às populações no local". "Nossos pensamentos estão com as famílias enlutadas", acrescentou.

Horas depois, o ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, anunciou que 139 equipes de resgate da segurança civil francesa vão para a Turquia ajudar nos esforços de busca e resgate. Segundo o ministro, a ajuda foi "a pedido do presidente da república" e "faz parte do mecanismo europeu de solidariedade".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que "autorizou uma resposta imediata dos EUA" ao terremoto. Biden também expressou condolências aos afetados, e informou que altos funcionários do governo norte-americano estão coordenando os colegas turcos "sobre as necessidades de assistência" e, ainda, disse que "parceitos humanitários apoiados pelos EUA também estão respondendo à destruição na Síria".

"Jill e eu ficamos profundamente tristes com a notícia dos terremotos devastadores que até agora mataram milhares de pessoas em Turquia e na Síria. Minha administração tem trabalhado em estreita colaboração com nosso aliado da OTAN, Turquia, e autorizei uma resposta imediata dos EUA ", disse Biden em um comunicado à imprensa na manhã de hoje.

Nossas equipes estão se mobilizando rapidamente para começar a apoiar os esforços turcos de busca e resgate e atender às necessidades dos feridos e deslocados pelo terremoto
Joe Biden, presidente dos EUA

Giorga Meloni, primeira-ministra da Itália, expressou sua "solidariedade às pessoas afetadas", e destacou que "a Proteção Civil italiana já tem disponibilidade para contribuir com os primeiros socorros".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, falou em "consternação" diante da tragédia, sobretudo com "o crescente número de mortos".

"Lamentamos com os familiares e tememos pelos sepultados. A Alemanha, claro, enviará ajuda", afirmou.

Já o Reino Unido informou que está enviando 76 especialistas em busca e resgate para a Turquia. O secretário de Relações Exteriores, James Cleverly, disse que o "apoio imediato" inclui equipamentos e cães de resgate.

"Na Síria, os Capacetes Brancos, financiados pelo Reino Unido, mobilizaram seus recursos para responder", acrescentou, prometendo garantir mais apoio, caso seja necessário.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, falou em "profunda tristeza" pelas mortes e os danos provocados pelo terremoto.

"A Ucrânia está pronta para enviar um grande grupo de equipes de resgate para a Turquia para ajudar na resposta à crise. Estamos trabalhando em estreita colaboração com o lado turco para coordenação a implantação de socorro", declarou Kuleba.

A Rússia também se manifestou em solidariedade a Erdogan e Bashar al-Assad. O presidente Vladimir Putin acionou o Ministério para Situações de Emergências da Rússia para enviar socorristas e cães treinados.

A Turquia, apesar do apoio à Ucrânia na guerra travada contra a Rússia, já foi mediadora de conversas pela paz entre os dois países.

A Áustria anunciou que enviará 84 soldados especializados em desastres para apoiar as operações de resgate na Turquia, por pelo menos 10 dias. Três grupos de resgate e recuperação compostos por especialistas médicos, logísticos e de higiene podem ser enviados para dois locais de busca separados, disse o governo.

De acordo com um comunicado de imprensa do governo, o país também vai destinar 3 milhões de euros (R$ 16,6 milhões) para apoiar organizações humanitárias locais

"As terríveis imagens que chegaram até nós hoje da Turquia e da Síria após os terremotos mostram danos drásticos e um grande número de vítimas. Nossos pensamentos e profunda solidariedade estão com as vítimas e suas famílias", diz a nota do chanceler austríaco, Karl Nehammer.

Josep Borrell Fontelles, Alto Representante da União Europeia para Política Externa e de Segurança, disse que já mobilizou equipes de busca e salvamos para enviar à Turquia, país que é membro do bloco europeu. Ele também afirmou que a UE "está pronta para apoiar as pessoas afetadas na Síria".

"Nossos pensamentos estão com todos aqueles que perderam entes queridos e com os bravos socorristas", postou.

O terremoto atingiu a Turquia e a Síria na manhã desta segunda-feira (6), segundo estimativas provisórias relatadas pela mídia estatal síria e socorristas na zona rebelde, o terremoto causou 467 mortes no norte do país.

Na Turquia, o saldo de mortes estava em 912, segundo novo balanço do presidente do país, Recep Erdogan, divulgado pela manhã.

As vítimas também foram registradas em Hama e em Lataquia e Tartus, na costa do Mediterrâneo.

Nas regiões nas mãos dos rebeldes, perto da Turquia, são os Capacetes Brancos - socorristas que se mobilizam nessas áreas - que contabilizam as vítimas.

Os socorristas definiram a situação como "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais para "intervir rapidamente" para ajudar a população local.