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Terremoto na Síria e Turquia: número de mortes passa de 19 mil

Em Harim, na Síria, homem resgata corpo de bebê de escombros após terremoto que atingiu o país e a Turquia - MOHAMMED AL-RIFAI/AFP
Em Harim, na Síria, homem resgata corpo de bebê de escombros após terremoto que atingiu o país e a Turquia Imagem: MOHAMMED AL-RIFAI/AFP

Do UOL*, em São Paulo

08/02/2023 20h58Atualizada em 09/02/2023 12h44

Dois dias após os dois terremotos de mais de 7,6 graus de magnitude, o total de mortes chega a 19.795, segundo as últimas atualizações.

Em visita a Gaziantep, uma das cidades mais afetadas, o presidente turco Recep Erdogan anunciou que o número de feridos subiu para mais de 60 mil pessoas.

Na Síria, o balanço chega a 3.247 mortos, segundo os números do governo de Damasco e das equipes da defesa civil nas zonas controladas por rebeldes —em um país abalado por mais de uma década de guerra civil.

Milhares de socorristas trabalharam em temperaturas gélidas para encontrar sobreviventes sob as ruínas de edifícios que desabaram dos dois lados da fronteira.

Os números da tragédia

Na Turquia, ao menos 3.775 prédios ficaram destruídos e buscas por vítimas soterradas continuam.

A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011. O gás foi cortado em toda a área e, em pelo menos três províncias da Turquia, houve danos na rede com registros de explosões.

O presidente turco, Recep Erdogan, declarou estado de emergência por três meses em dez cidades afetadas, segundo o jornal turco TRT

Terremoto na Turquia e na Síria - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Governos são pressionados por estruturas para resgate

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que visitou a província de Hatay hoje, destacou "deficiências" na resposta ao terremoto e disse que "é impossível estar preparado para uma catástrofe como essa".

Nas áreas mais afetadas da Turquia, os estabelecimentos comerciais estavam fechados, não havia calefação devido ao corte nas linhas de abastecimento de gás e encontrar combustível é cada vez mais difícil.

Na Síria, isoladas pelo regime de Damasco, as zonas sob controle dos rebeldes dependem dos esforços dos Capacetes Brancos, voluntários da Defesa Civil que imploram por ajuda à comunidade internacional.

Ajuda internacional: Síria pede ajuda à União Europeia

A assistência à Síria é uma questão delicada para vários países ocidentais. Apesar de ser alvo de sanções da União Europeia, o governo de Bashar al-Assad fez um pedido formal de ajuda ao bloco, informou Janez Lenarcic, comissário de Gestão de Emergências da UE.

Até o momento, a Síria conta principalmente com a ajuda da Rússia, sua aliada. Em Aleppo, soldados russos salvaram um homem dos escombros na madrugada de quarta-feira, informou o Ministério da Defesa de Moscou.

Dezenas de países, da China aos Estados Unidos, passando por Ucrânia e Emirados Árabes Unidos, prometeram ajuda à Turquia. A União Europeia anunciou uma conferência de doadores no início de março em Bruxelas.

(Com AFP)