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Casa Branca condena prisão de jornalista dos EUA pela Rússia: 'Inaceitável'

Uma foto tirada em 24 de julho de 2021 mostra o jornalista Evan Gershkovich - DIMITAR DILKOFF/AFP
Uma foto tirada em 24 de julho de 2021 mostra o jornalista Evan Gershkovich Imagem: DIMITAR DILKOFF/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2023 15h45

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pirre, disse que o governo Joe Biden condena a prisão do jornalista norte-americano Evan Gershkovich pelas autoridades da Rússia.

O que diz a Casa Branca:

Em comunicado, o governo dos EUA afirmou "condenar com todas as forças" a prisão do repórter, e classificou como "inaceitável" os ataques sofridos pelos cidadãos estadunidenses em território russo.O governo Biden ressaltou que está "profundamente preocupado com os relatos" da detenção do jornalista do Wall Street Journal, acusado de "espionagem" pelos russos.
A Casa Branca também disse que tem mantido "contato direto" com os familiares de Evan.
"Também condenamos os contínuos ataques e repressão do governo da Rússia contra jornalista e a liberdade de imprensa", completou a Casa Branca.

O que aconteceu:

A Rússia acusa o repórter Evan Gershkovich de coletar informações secretas de uma instalação militar do país. Evan é o primeiro jornalista dos EUA detido por acusações de espionagem na Rússia desde a Guerra Fria.
Um processo criminal foi aberto contra Gershkovich. Em comunicado, o serviço de segurança russo, FSB, não informou o nome da fábrica militar onde o repórter estaria, mas disse que ele foi detido na cidade de Yekaterinburg.
Segundo a agência de notícias TASS, Evan passou por uma audiência em que se declarou "inocente", mas teve prisão preventiva mantida. O caso é classificado pelas autoridades russas como "ultrassecreto".
Nenhuma evidência de espionagem foi divulgada pelo FSB. Gershkovich pode pegar até 20 anos de prisão se for condenado.
Gershkovich, que cobre a Rússia desde 2017, trabalhou no jornal The Moscow Times e na agência de notícias francesa Agence-France Presse. Nos últimos meses, ele cobriu principalmente a política russa e o conflito na Ucrânia.
O caso ocorre em meio ao acirramento das tensões entre Moscou e Washington por conta da guerra na Ucrânia.