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'Dói muito ficar aqui', diz brasileira presa na Alemanha após troca de mala

Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que viajavam de férias, e foram presas injustamente na Alemanha - Arquivo pessoal
Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que viajavam de férias, e foram presas injustamente na Alemanha Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, no Rio

09/04/2023 21h58

Uma das duas brasileiras presas na Alemanha após terem as malas trocadas por outras com drogas, a personal trainer Kátyna Baía relatou à TV Globo o "pesadelo" que vive na prisão.

O que aconteceu:

Kátyna e a esposa, a médica veterinária Jeanne Paollin, estão há mais de um mês presas sob a acusação de tráfico internacional de drogas em um presídio feminino em Frankfurt, na Alemanha;

A personal trainer descreve a rotina na prisão como um pesadelo que não acaba.

Nós nunca convivemos nesse ambiente. No final de semana e feriado nós passamos cerca de dezesseis horas trancadas sem convívio social e o que me salvou aqui foi a fé. Dói muito ficar aqui todo dia. Eu acordo e penso: meu Deus, esse pesadelo ainda não acabou."

É uma cela em que as paredes têm escritas de fezes, tá? É uma cela fria, não tem janela"
Kátyna Baía, brasileira presa na Alemanha


Lorena Baía, irmã de Kátyna, conta que o casal ia passar 20 dias na Europa --passando por Alemanha, Chéquia e Bélgica-- em uma viagem de férias quando foram presas.

"Essa viagem foi paga desde junho do ano passado, compraram, parcelado, né? Tanto as passagens, fizeram as reservas de hotel pra celebrar um novo momento da vida profissional delas."
Lorena Baía, irmã de Kátyna

Relembre o caso

O casal embarcou dia 4 de março no aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, com destino final em Berlim, capital alemã. Elas iam passar 20 dias na Europa, parando em diferentes países.

Em uma escala no aeroporto de Guarulhos, as etiquetas de identificação das bagagens foram trocadas e colocadas em duas malas com 20 quilos de cocaína cada, apontam as investigações.

A PF acredita que ambas são inocentes e afirma que elas foram vítimas de um esquema operado por terceirizados no aeroporto de Guarulhos. Seis pessoas foram presas na última semana.

A Justiça da Alemanha pediu o compartilhamento do inquérito da PF sobre a troca das etiquetas das malas das brasileiras;