Após controvérsia, Lula é convidado e envia Celso Amorim à Ucrânia
O ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial de Lula para assuntos internacionais, viajará à Ucrânia após um convite para que o presidente brasileiro visitasse Kiev para "compreender" a realidade da guerra.
No último dia 16 de abril, Lula voltou a dizer que a Ucrânia também é responsável pela invasão russa em seu território que já dura 13 meses.
O que foi decidido
Amorim vai representar Lula em um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Marcos Macêdo.
A viagem não tem data definida e os detalhes não serão divulgados previamente por questões de segurança. Amorim também visitou a Rússia em nome do governo brasileiro.
Márcio Macêdo participou de um encontro com representantes da comunidade ucraniana em Portugal, na embaixada brasileira. A associação enviou uma carta a Lula solicitando intervenção do governo brasileiro no conflito entre Rússia e Ucrânia, e reforçando o convite para o petista visitar o país.
Macêdo disse que a vocação do Brasil "é pela paz" e que Lula vai "trabalhar para unir outros países para buscar uma alternativa para acabar com este conflito que já durou tempo demais".
A posição do Brasil é de neutralidade, por uma razão muito simples: se o Brasil tomar partido, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do presidente Lula e essa é a tradição do Brasil
Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Celso Amorim após falas de Lula sobre guerra: 'Não podemos fazer drama'
O ex-chanceler minimizou as críticas pelas falas do petista sobre a guerra na Ucrânia.
"Não podemos fazer um drama em torno disso. É claro que as palavras sempre são importantes, mas vamos olhar as atitudes básicas e ver a realidade", disse à GloboNews.
Amorim também afirmou que a fala da Casa Branca sobre o Brasil "papaguear" propaganda russa não é "de grande interesse".
O que Lula disse:
O presidente [russo, Vladimir] Putin não toma a iniciativa de parar. [O presidente ucraniano, Volodimir] Zelenski não toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos continuam contribuindo para a continuação desta guerra
Lula
A fala foi dita um dia antes do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, visitar o Brasil.
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