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Mulher descobre linha e agulha deixadas em seu corpo 10 anos após cirurgia

María Ardelinda Fofero Vargas ficou por anos com agulha no corpo - Reprodução
María Ardelinda Fofero Vargas ficou por anos com agulha no corpo Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/04/2023 15h30

Uma mulher colombiana descobriu que passou onze anos com uma linha e uma agulha presas em seu estômago. Os objetos foram deixados dentro de seu corpo após uma cirurgia, feita em 2012.

O que aconteceu?

María Aderlinda Forero, 39, fez uma laqueadura logo após dar à luz ao seu quarto filho, em 2012. Os médicos, então, teriam esquecido os materiais cirúrgicos dentro de seu corpo.

Dias depois, Forero começou a sentir algumas dores na região, mas atribuiu o desconforto aos efeitos colaterais típicos do pós-parto.

Mas as dores não passaram — pelo contrário, pioraram. A aflição era tanta que ela não conseguia se movimentar, tinha dificuldade para dormir e precisou se afastar do trabalho.

A colombiana, então, resolveu procurar novos médicos. "Eu comecei a marcar consultas, mas toda vez que eu ia, eles me mandavam tomar paracetamol e pronto", relata. Mas mesmo os analgésicos mais fortes não resolviam a dor.

O hospital ficava cerca de 2h da casa de Forero, que mora em uma aldeia na zona rural da Colômbia. Para ir às consultas, tinha que usar a moto do marido, o único veículo da família. O caminho também era afetado pelo clima, já que as estradas que levavam ao hospital ficavam intransitáveis durante o inverno.

Forero conseguiu fazer uma ressonância magnética e um ultrassom quase uma década depois, em 2022. Os médicos então encontraram a linha e a agulha presas em seu estômago.

Quando ela levou os resultados do exame para o médico que a operou, ele sugeriu que Forero engoliu uma agulha e linha em algum momento.

Mesmo com o exame, a mulher está aguardando uma avaliação para a cirurgia de remoção da agulha e da linha. "O que eu preciso é que me operem rapidamente, que eles removam isso. Eu não quero morrer e deixar meus filhos", disse.