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Eleições na Turquia: apuração apertada indica que Erdogan vai a 2º turno

Apoiadora do presidente turco Tayyip Erdogan balança bandeira na sede do partido do presidente (AKP) em Ancara - Reuters
Apoiadora do presidente turco Tayyip Erdogan balança bandeira na sede do partido do presidente (AKP) em Ancara Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

14/05/2023 22h50

Em uma disputa acirrada, as eleições presidenciais da Turquia devem ir ao segundo turno, segundo informações iniciais da apuração dos votos. O presidente Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos, tenta se eleger novamente, mas dessa vez enfrenta uma forte oposição. Seu governo, conservador e autoritário, minou a independência entre os poderes nos últimos anos e perseguiu opositores.

O que aconteceu

A apuração ainda está em andamento. A votação foi encerrada neste domingo às 11h no horário de Brasília, 17h na Turquia.

Com mais de 92% das urnas apuradas, Erdogan tem 49% dos votos, e Kemal Kilicdaroglu, 44%. As informações são do New York Times.

Para vencer no primeiro turno, o candidato deve ter 50% dos votos + 1. Quatro candidatos disputavam a corrida presidencial, mas um deles desistiu há três dias da eleição.

Erdogan afirmou em pronunciamento ter "clara vantagem" sobre o rival, mas disse estar preparado para um segundo turno.

Ainda não sabemos se a eleição será concluída no primeiro turno, mas se o povo nos levar para um segundo turno, também respeitaremos isso"
Erdogan

Diante da possibilidade de segundo turno, Kemal Kiliçdaroglu prometeu vencer a eleição.

Se nossa nação decidir pelo segundo turno, nós certamente venceremos no segundo turno. A vontade de mudança na sociedade é maior do que 50%"
Kiliçdaroglu

Erdogan, 69 anos, está no poder na Turquia desde 2003. Este ano, enfrenta uma coalizão de seis partidos de oposição, liderada por Kemal Kilicdaroglu. A coalizão inclui partidos que vão da direita nacionalista à esquerda liberal.

A revista The Economist classificou a eleição turca como "a mais importante do ano" em todo o mundo. "A derrota de Erdogan teria consequências globais e mostraria aos democratas que homens fortes podem ser combatidos", escreveu em editorial no início de maio.

Com informações da AFP, New York Times e DW.