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Submersível: tempo para resgate é maior do que se pensa, diz cofundador

O submersível Titan, da OceanGate, que está desaparecido desde o último domingo (18) - Reprodução / OceanGate
O submersível Titan, da OceanGate, que está desaparecido desde o último domingo (18) Imagem: Reprodução / OceanGate

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/06/2023 14h46Atualizada em 22/06/2023 17h22

Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, afirmou hoje que o tempo restante para resgatar passageiros do submersível desaparecido é maior do que "a maioria das pessoas pensa". As informações foram publicadas pela CNN. Horas depois, os destroços do Titan foram encontrados. Todos os ocupantes morreram.

O que aconteceu?

A experiência da tripulação do submersível Titan aumentará a "janela disponível" para resgate. É o que acreditava Guillermo Söhnlein, cofundador da empresa, em comunicado para a CNN. Ele disse que estava falando em nome dele e não da empresa, OceanGate.

A tripulação teria percebido o que deveria ter sido feito. Söhnlein afirmou que o CEO e cofundador da OceanGate, Stockton Rush, que também estava a bordo do submersível, e os outros tripulantes teriam "percebido dias atrás que a melhor coisa que eles podem fazer para garantir seu resgate é estender os limites desses suprimentos [de sobrevivência] relaxando tanto quanto possível".

Para ele, esta quinta-feira seria um "crítico dia nesta missão de busca e resgate".

"Continuo a ter esperança no meu amigo e no resto da tripulação. [...] Eu encorajaria todos a permanecerem esperançosos em trazer a tripulação de volta com segurança", declarou.

Ocupantes de submersível morreram

Em comunicado oficial, a OceanGate, responsável pelo submersível, admitiu que os cinco ocupantes da embarcação morreram. A admissão foi feita minutos antes de uma entrevista coletiva da marinha norte-americana, logo após os familiares dos ocupantes serem comunicados.

O contra-almirante Paulo Hanken afirmou que não há esperança de encontrar passageiros com vida. As famílias das vítimas já foram informadas sobre os óbitos.

Destroços são consistentes com perda catastrófica de pressão da cabine, explicou o almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.

A Guarda Costeira explicou que encontrou cinco grandes partes do submersível. "Nos disseram que esses eram os destroços do Titan [o submersível]. "Primeiro, encontramos a ponteira sem o casco pressurizado. Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico." Mais cedo, foram achados destroços do submersível a 3,2 km de profundidade e a cerca de 480 metros do Titanic.

Os oficiais esclareceram o mapeamento de destroços continuará. "Faremos o nosso melhor para descobrir o que aconteceu". Veículos de operação remota continuarão operando no fundo do mar.

Os ruídos detectados por dois dias seguidos "não parecem ter relação com os destroços localizados no solo oceânico", afirmou a Guarda Costeira dos EUA.