Com bilionário entre os sumidos, quem paga pelas buscas do submersível?
Cinco embarcações e aviões, além de robôs que trabalham com pesquisas no fundo do mar, foram mobilizados nas buscas pelo submersível Titan. O veículo da empresa OceanGate desapareceu no início da semana enquanto fazia uma expedição rumo aos restos do Titanic. Cinco pessoas estavam a bordo, entre elas, um bilionário. Hoje, a Guarda Costeira anunciou ter encontrado destroços perto da região do naufrágio.
O caso gerou debates nas redes sociais, questionando os diferentes tratos no caso do Titan e do desaparecimento de imigrantes no mar Mediterrâneo, com mais de 80 mortos — e muito menos repercussão e investimento em localizar os desaparecidos, na região da Grécia.
A operação deve ter custos na casa dos milhões de dólares — mas dificilmente os valores serão cobrados da própria OceanGate ou das famílias dos tripulantes. Chris Boyer, diretor-executivo da organização não governamental National Association for Search and Rescue, disse ao USA Today que os custos acabarão recaindo sobre os pagadores de impostos.
A Guarda Costeira, que é mantida com recursos públicos, não cobra pelos serviços de busca e salvamento e é a principal responsável pela tentativa de resgate.
Operação mobilizou recursos de várias origens
A equipe que fez as buscas contou com a participação da Marinha dos EUA, da Guarda Costeira do Canadá e da própria OceanGate Expeditions. Também se juntaram à missão embarcações privadas e da Marinha francesa, que ajuda com o robô Victor 6000. Os aviões que participaram da operação são dos Exércitos norte-americano e canadense.
Segundo Paul Zukunft, que já chefiou a Guarda Costeira norte-americana, o resgate foi encarado como qualquer outra operação de salvamento.
"Não é diferente de quando um cidadão está no mar e seu barco afunda. Nós vamos atrás e o salvamos. Nós não enviamos a conta a ele depois do salvamento", afirmou o comandante ao jornal The Washington Post.
A expedição da OceanGate custou cerca de US$ 250 mil por pessoa, o que equivale a R$ 1,2 milhão. Entre os tripulantes do veículo está o presidente da empresa, Stockton Rush, e o bilionário Hamish Harding.
Oxigênio
Uma das dificuldades enfrentadas pela equipe é que a maior parte das embarcações tem capacidade para navegar a profundidades muito menores do que a da região onde o Titan desapareceu. Os destroços do Titanic estão a quase quatro mil metros de profundidade.
A estimativa das autoridades é de que as reservas de oxigênio do Titan já terminaram — elas resistiriam até a manhã de hoje.
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