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Destroços do submersível Titan serão remontados como um "quebra-cabeça"

Destroços foram achados a 3.200 metros de profundidade - David Hiscook/Reuters
Destroços foram achados a 3.200 metros de profundidade Imagem: David Hiscook/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/06/2023 19h36

Partes recuperadas do submersível Titan chegaram hoje a um porto no sul do Canadá e serão montadas como um "quebra-cabeça".

O que aconteceu:

Os destroços serão remendados por investigadores, disse uma fonte da Guarda Costeira do Canadá ao tabloide britânico The Mirror. "Para obter maior entendimento da implosão, os investigadores juntarão as peças do Titan da melhor maneira possível", afirmou. A implosão so submersível matou os cinco ocupantes.

A ideia é obter informações de como o veículo falhou. O Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido foi convocado para investigar a morte dos turistas a bordo. Autoridades norte-americanas e canadenses também participam da investigação.

O último navio que fazia buscas pelos restos do submersível encerrou os trabalhos hoje, segundo a rádio estatal Ici Canadá. Destroços foram achados a 3.200 metros de profundidade e a cerca de 480 metros do Titanic.

Relembre o caso

O Titan desapareceu no domingo, 18 de junho, uma hora e 45 minutos após submergir, quando perdeu contato com o navio na superfície.

O bilionário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman, de 19 anos, morreram na expedição junto a Stockton Rush, presidente da OceanGate; ao bilionário Hamish Harding; e a Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e considerado um dos maiores especialistas do naufrágio do Titanic.

O passeio levaria os ocupantes até os destroços do Titanic, no Atlântico Norte.

Investigação

Especialistas canadenses vão coletar informações do gravador de dados de viagem da embarcação e outros sistemas que contêm informações úteis. Informação foi divulgada por Kathy Fox, presidente do Conselho de Segurança de Transporte do Canadá.

A comunicação feita entre o submersível e o navio também deverá ser examinada pelas autoridades. O navio tinha contato com o submersível por mensagens de texto e deveria fazer isso a cada 15 minutos, de acordo com o site arquivado da OceanGate Expeditions.

A investigação não é apenas para "atribuir culpados", mas sim "descobrir o que aconteceu e o que precisa mudar para reduzir a chance ou o risco de tais ocorrências no futuro", disse Fox.