Pose eterna: quando os mortos eram fotografados com os parentes vivos

Fazer imagens de pessoas mortas, ainda mais parentes, não é algo comum —e pode até ser considerado mórbido nos dias de hoje. Mas, na Inglaterra, durante a chamada Era Vitoriana (1837-1901), era comum fazer registros de pessoas mortas sozinhas ou acompanhadas de seus familiares vivos.

De acordo com a BBC, O Costume se popularizou com o barateamento do daguerreótipo, o primeiro processo fotográfico que foi comercializado ao grande público. O equipamento era caro, mas ainda assim mais acessível do que a forma até então conhecida de fazer retratos —por meio de pinturas.

Para eternizar entes queridos que muitas vezes nunca tinham sido retratados, as famílias colocavam os corpos em frente à câmera como se eles ainda estivessem vivos.

Foto de mulher morta tirada na era vitoriana, na Inglaterra
Foto de mulher morta tirada na era vitoriana, na Inglaterra Imagem: Reprodução

A prática se tornou ainda mais popular a partir da década de 1850, quando os procedimentos fotográficos avançaram e se tornaram ainda mais baratos. Algumas famílias faziam fotos conjuntas com parentes mortos, para guardar ao menos uma lembrança do ente querido.

Mulher retratada segurando um bebê morto na era vitoriana, na Inglaterra
Mulher retratada segurando um bebê morto na era vitoriana, na Inglaterra Imagem: Reprodução

Quando a prática foi abandonada

Ainda conforme a BBC, os "retratos de morte" foram caindo em desuso com a melhoria nos serviços de saúde britânicos, o que aumentou a expectativa de vida da população.

Além disso, o surgimento da fotografia instantânea permitiu que as pessoas tirassem mais retratos ao longo da vida, abandonando o costume.

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