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Zelensky diz que Ucrânia 'não tem nada a ver' com morte de mercenário russo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse a jornalistas hoje que seu governo "não tem nada a ver" com a morte de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner.

O que aconteceu

"Não tivemos nada a ver com isso. Todo mundo sabe quem tem algo a ver com isso", disse Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Interfax.

O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava a bordo de um avião que caiu ontem na região de Tver, na Rússia, a cerca de 180 km de Moscou.

Jato executivo Embraer Legacy ia de Sheremetyevo, cidade próxima à capital Moscou, até São Petersburgo.

Dez pessoas estariam a bordo, três pilotos e sete passageiros. Ninguém sobreviveu, segundo o Ministério de Emergências da Rússia.

Em junho deste ano, os mercenários se rebelaram contra o governo do presidente Vladimir Putin e invadiram instalações militares, no que foi a maior crise militar interna na Rússia desde o início da década de 1990.

Wagner x Putin

O grupo de mercenários ameaçou derrubar o comando militar russo. Eles tomaram o controle de instalações militares e disseram que "iriam até o fim" contra o governo de Putin.

Tensão vinha crescendo há meses. Os mercenários do grupo lutam pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, e Prigozhin já havia reclamado que não havia equipamento suficiente, e que Putin tomava para si vitórias obtidas pelos combatentes do Wagner.

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Estopim foi acusação de que comando militar russo teria ordenado bombardeios de bases do Wagner, matando vários dos mercenários.

Putin chamou motim de "ameaça mortal para o país", e disse que traição resultaria em "punição inevitável".

Belarus mediou acordo entre grupo mercenário e governo russo. Algumas horas depois do início da movimentação, o governo bielorrusso disse que as duas partes chegaram a um consenso, que garantia a segurança de todos os membros do grupo. Os mercenários, então, desocuparam as instalações.

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