3 membros da Marinha da África do Sul morrem após ondas atingirem submarino
Três membros da Marinha sul-africana morreram e um oficial superior permanece em estado crítico, após um submarino - que ainda estava na superfície - ter sido atingido por ondas "muito altas" ao largo da costa da Cidade do Cabo, anunciou o Departamento de Defesa sul-africano.
O que se sabe:
A tripulação do submarino SAS Manthatisi da Marinha da África do Sul estava executando uma "transferência vertical" de suprimentos com o uso de um helicóptero Lynx da Força Aérea Sul-Africana na tarde de ontem (21), quando ondas "muito altas" derrubaram ao mar sete tripulantes, que estavam no convés do submarino.
A operação foi imediatamente cancelada, e equipes de resgate foram enviadas para socorrer as vítimas, segundo apurou a BBC.
Um nadador de superfície foi enviado de helicóptero para ajudar no resgate. No entanto, a operação foi prejudicada pelas condições do mar agitado, informou o Departamento de Defesa da África do Sul, em um comunicado.
O órgão anunciou que os demais membros da tripulação, incluindo o nadador de superfície enviado para ajudar na operação de resgate, estão em tratamento médico em um hospital.
Entre os tripulantes que morreram está a tenente-comandante Gillian Elizabeth Hector, considerada a primeira mulher no comando de um submarino da África do Sul com essa patente.
Um inquérito sobre as circunstâncias que rodearam o incidente será acordado oportunamente, anunciou o Departamento de Defesa sul-africano.
É com profunda tristeza que a SANDF (Força Nacional de Defesa da África do Sul) anuncia a trágica perda de três submarinistas da Marinha ao largo de Kommetjie, em 20 de setembro, a bordo do SASA Manthatisi. Um pedido de socorro foi feito à Rádio da Cidade do Cabo, que então despachou o NSRI (Instituto Nacional de Resgate Marítimo) de Kommetjie. Todos os sete membros foram recuperados, mas infelizmente houve três mortes, e um oficial superior está em estado crítico
Departamento de Defesa da África do Sul
Maré de sizígia
O fenômeno que atingiu o submarino, batizado de "maré de sizígia", se espalhou pela costa sul e sudeste da África do Sul com ondas poderosas e ventos fortes que causaram pelo menos uma morte, dezenas de feridos e danos generalizados, segundo a ABC News. Também conhecida como "maré viva", ela ocorre quando o sol e a lua estão alinhados em relação à Terra e a atração entre eles cria marés mais altas.
De acordo com o Serviço Meteorológico Sul-Africano, foram registadas ondas de até 9,5 metros durante o fim de semana. Vídeos publicados nas redes sociais mostram ondas imensas, atingindo edifícios à beira-mar e arrastando veículos.
O submarino SAS Manthisi é um dos três da classe Heroine Tipo 209/1400, de fabricação alemã, na frota da Marinha da África do Sul. Ele estava a caminho da Cidade do Cabo para uma exposição da Marinha, onde permaneceria por três dias.
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