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Após 1 mês de guerra, Israel fala em 'pausa' nos ataques em troca de reféns

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel considera "pequenas pausas táticas" nos combates para facilitar a entrada de ajuda humanitária ou a saída de reféns da Faixa de Gaza, mas voltou a rejeitar os apelos por um cessar-fogo total, apesar dos diversos pedidos.

Um dia antes da guerra com o grupo extremista Hamas completar um mês, o premiê de Israel também declarou que o país terá "responsabilidade pela segurança" sobre a Faixa de Gaza por tempo "indefinido" após o fim dos conflitos.

O que aconteceu

"No que diz respeito a pequenas pausas táticas - uma hora aqui, uma hora ali - já as tivemos antes. Verificaremos as circunstâncias para permitir a entrada de mercadorias, bens humanitários ou a saída dos nossos reféns, reféns individuais", disse Netanyahu à ABC News na noite desta segunda-feira (6).

A fala dele revela que Israel concorda com um cessar-fogo se o Hamas libertasse todos os cerca de 240 reféns detidos em Gaza. "Haveria um cessar-fogo para esse fim e estamos à espera que isso aconteça. Isso não aconteceu até agora", diz ele ponderando que seria algo temporário. "Mas não acho que haverá um cessar-fogo geral."

Netanyahu defende que um cessar-fogo geral prejudicaria o esforço de guerra de seu país, mas interromper os combates por razões humanitárias, uma ideia apoiada pelos Estados Unidos, principal aliado de Israel, continuaria a ser considerada com base nas circunstâncias.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discutiram a possibilidade de "pausas táticas" dos ataques em Gaza, segundo a Casa Branca.

Biden e Netanyahu conversaram sobre a evacuação de civis, situação de reféns e envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza em uma ligação durante esta segunda-feira (6).

"Os dois líderes discutiram a possibilidade de pausas tácticas para proporcionar aos civis oportunidades de partirem em segurança das áreas de combate, para garantir que a assistência chegue aos civis necessitados e para permitir potenciais libertações de reféns", diz o comunicado dos EUA.

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O que será de Gaza com uma possível ocupação total do enclave por forças israelenses também foi abordado durante a entrevista. Netanyahu disse que Israel terá "responsabilidade geral pela segurança" sobre a Faixa de Gaza "por um período indefinido" após o fim da guerra contra o Hamas.

"Acho que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar", disse ele à ABC News.

Israel bombardeia o enclave desde o ataque do Hamas ao sul de Israel, há um mês, quando os seus combatentes mataram 1.400 pessoas e fizeram 240 reféns.

Autoridades de saúde de Gaza dizem que o ataque israelense matou mais de 10 mil palestinos, incluindo cerca de 4.100 crianças.

Com Reuters.

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