Conteúdo publicado há 5 meses

Supostos extraterrestres voltam a ser tema de sessão no Congresso do México

A veracidade de supostos corpos "alienígenas" que teriam sido encontrados no Peru foi o tema de uma sessão especial que aconteceu ontem (7) na sede do Congresso Mexicano, onde foram divulgadas fotografias e radiografias inéditas de um novo "ser não humano".

O que se sabe:

Depois da polêmica provocada pela apresentação de corpos de "seres não humanos" ao Congresso em setembro, ontem foi retomada em uma sala da Câmara dos Deputados a discussão em torno das descobertas de vários médicos peruanos, liderada pelo jornalista e ufólogo mexicano José Jaime Maussan.

Na sessão, que durou mais de três horas e foi transmitida ao vivo pelo YouTube, um grupo de médicos peruanos apresentou diversos estudos, radiografias e tomografias de corpos atribuídos a extraterrestres, que muitos cientistas descreveram como fraude.

Durante sua apresentação, o médico peruano Daniel Mendoza apresentou radiografias e fotografias inéditas do esqueleto de um "ser não humano" que, garantiu, foi localizado recentemente no Peru, embora os dados da descoberta não tenham sido especificados.

Maussan indicou que o suposto corpo seria uma "espécie nova" porque não possui pulmões nem costelas. O ufólogo chamou a atenção dos deputados para a modificação dos corpos. Ele garantiu serem "seres não humanos que não fazem parte da nossa evolução terrestre". Todas as figuras têm o tamanho do esqueleto de uma criança.

Temos um ser híbrido, existem outros seres aparentemente mais evoluídos que nós. Estamos diante de algo verdadeiramente extraordinário
José Jaime Maussan

A descoberta dos corpos foi questionada por cientistas, incluindo seu local de origem. Eles foram encontrados no deserto peruano de Nazca, conhecido por enormes figuras enigmáticas esculpidas na terra, mas nunca foram apresentados fisicamente no Peru, segundo o jornal mexicano El Horizonte.

Polêmica com universidade

O Ministério Público peruano foi contundente em 2017 ao concluir, com base em relatório do Instituto de Medicina Legal, que as figuras eram "bonecos fabricados recentemente, que foram cobertos com uma mistura de papel e cola sintética para simular a presença de pele".

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Apesar das críticas, Maussan tem defendido repetidamente as descobertas e garante que elas foram datadas pela Universidade Nacional Autônoma do México com o teste de carbono 14, como tendo mais de 1.000 anos. A universidade negou as afirmações.

Minimizando as críticas surgidas em setembro, o deputado da base do governo, Sergio Gutiérrez Luna, afirmou ontem que na Câmara dos Deputados "todas as ideias e todas as propostas serão sempre bem-vindas para debatê-las, para ouvi-las, para concordar ou não", apurou o jornal mexicano.

A sessão de ontem ocorreu três semanas depois que o furacão Otis de categoria 5 devastou Acapulco, cidade litorânea com quase 1 milhão de habitantes. A deputada Cynthia López afirmou que a prioridade da Câmara dos Deputados deveria ser a aprovação de fundos para a reconstrução de Acapulco, e não a apresentação das "bobagens" de Jaime Maussan, segundo informou o site El Universal.

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