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Convite de Milei a Bolsonaro não deve afetar os dois países, diz embaixador

Júlio Bitelli, embaixador do Brasil na Argentina Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

21/11/2023 17h40Atualizada em 21/11/2023 17h44

O embaixador do Brasil em Buenos Aires, Júlio Bitelli, disse que o convite do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, para que membros da família Bolsonaro compareçam à cerimônia de posse não deve afetar a relação com o governo brasileiro. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo.

O que aconteceu

Milei convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a cerimônia de posse em dezembro na Argentina. "Não é um gesto que vá no bom sentido", opinou o embaixador.

Bitelli garantiu que a decisão do governo Lula ainda não foi tomada, e que as tratativas sobre uma eventual ida do presidente brasileiro à posse de Milei ainda estão sendo debatidas. "Os convites ainda não foram expedidos, o presidente Lula ainda não foi convidado, e entendemos que nenhum chefe de governo foi ainda convidado", disse.

O convite, sobre o qual soubemos pela imprensa, do Milei ao ex-presidente Bolsonaro é uma decisão pessoal, e não deve necessariamente afetar a relação entre os Estados.
Embaixador do Brasil em Buenos Aires, Júlio Bitelli

O embaixador disse, ainda, que o governo brasileiro busca "formas de fazer com que o relacionamento [entre Brasil e Argentina] comece da melhor maneira": "A relação bilateral é de tal forma densa e importante, que vai continuar, não há dúvida. Mas é do interesse dos dois países que ela comece, já no novo governo, em boas condições. O Brasil está trabalhando nesse sentido", finalizou.

Cotada a ministério: Argentina não vai 'interagir' com Brasil e China

A principal candidata para assumir o ministério das Relações Exteriores da Argentina disse que o país não vai promover relações com o Brasil e com a China. A declaração de Diana Mondino foi dada em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti.

Questionada se o país incentivaria as exportações e importações com os dois países, Mondino disse: "Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China.

Diana Mondino e Javier Milei Imagem: Reprodução / Instagram

Brasil e China estão entre os parceiros comerciais mais importantes da Argentina. Mas, durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei fez críticas e ataques aos dois países.

O Brasil, porém, descarta romper relações e diz que Projetos não serão interrompidos. "Devido à recente eleição argentina, peças de desinformação estão repercutindo um falso rompimento diplomático entre Brasil e seu aliado histórico. Esses conteúdos maliciosos estão alegando que o governo brasileiro teria a intenção de retirar investimentos de obras em parceria com o país vizinho. Isso não é verdade", segundo texto divulgado na tarde desta terça-feira (21) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Texto detalha acordos e parcerias entre os dois países. "A Aliança Estratégica Brasil-Argentina, relançada em 2023, é singular por conta de sua relevância, em todos os níveis, para ambos os países, do local ao global. Há sólidas e densas relações econômicas".

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