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Argentina não vai 'interagir' com Brasil e China, diz cotada a ministério

A principal candidata para assumir o ministério das Relações Exteriores da Argentina disse que o país não vai promover relações com o Brasil e com a China. A declaração de Diana Mondino foi dada em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti.

O que aconteceu

Questionada se o país incentivaria as exportações e importações com os dois países, Mondino disse: "Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China.

Brasil e China estão entre os parceiros comerciais mais importantes da Argentina. Mas, durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei fez críticas e ataques aos dois países.

O argentino já disse que Lula era "comunista", "ladrão" e "corrupto", e que não se encontraria com ele se fosse eleito. Milei convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para participar da cerimônia de posse em dezembro.

O presidente eleito da Argentina afirmou também que o governo chinês é um "assassino" e que o povo daquele país "não era livre".

Brasil descarta romper relações

Brasil e Argentina mantêm relação amistosa de cooperação colaborando em diversos projetos, segundo texto divulgado na tarde desta terça-feira (21) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Projetos não serão interrompidos. "Devido à recente eleição argentina, peças de desinformação estão repercutindo um falso rompimento diplomático entre Brasil e seu aliado histórico. Esses conteúdos maliciosos estão alegando que o governo brasileiro teria a intenção de retirar investimentos de obras em parceria com o país vizinho. Isso não é verdade", diz a publicação.

Texto detalha acordos e parcerias entre os dois países. "A Aliança Estratégica Brasil-Argentina, relançada em 2023, é singular por conta de sua relevância, em todos os níveis, para ambos os países, do local ao global. Há sólidas e densas relações econômicas".

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Lula diz que não tem que ser amigo de presidente

O presidente Lula afirmou hoje que "não tem de ser amigo" de presidentes de países vizinhos, só tem de haver uma relação republicana entre eles.

Sem citar o eleito na Argentina, Lula disse que a América da Sul "está vivendo algumas confusões" e que é preciso "chegar a um acordo". Como candidato, Milei disse que o brasileiro era "comunista", "ladrão" e "corrupto".

Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela... Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele e eu tenho que ser presidente do meu país.
Lula, em cerimônia do Itamaraty

*Com Reuters

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