Ex-esposa de assassino em série da França é condenada à prisão perpétua

O pai de Joanna Parrish, Roger Parrish, disse ter esperado "muito tempo" pela condenação. "A presença dela por si só teria conquistado a confiança de todas as vítimas, que nunca teriam acreditado que uma mulher pudesse ter participado de um ato tão terrível e depravado".

Pouco antes de o júri considerar o papel de Monique nos crimes, ela pediu perdão às famílias das vítimas. "Lamento tudo o que fiz e peço perdão às famílias das vítimas, embora saiba que é imperdoável".

Durante a sentença, o presidente do tribunal, Didier Safar, afirmou que os crimes tiveram "circunstâncias desumanas": "Trata-se da extrema gravidade dos factos que contribuíram para a morte de duas jovens mulheres e de uma menina de nove anos, em circunstâncias desumanas [...] Monique Olivier não tinha empatia pelas suas vítimas, que ela desumanizou".

Monique já cumpre prisão perpétua por sua participação nos crimes anteriores de seu ex-marido, que morreu em 2021. Agora, ela recebeu uma segunda sentença de prisão perpétua de, no mínimo, 20 anos.

Fourniret foi preso em 2003, considerado culpado de estuprar e assassinar no mínimo sete garotas entre 1987 e 2003. A maioria das vítimas de Fourniret foram mortas na região das Ardenas, no norte da França, e na Bélgica.

Quem era Monique Olivier?

Quando Michel Fourniret foi preso por tentativa de sequestro, Olivier afirmava ser uma dona de casa gentil e submissa, obrigada a aguentar o marido abusivo.

Diversas armas e outros itens suspeitos foram encontrados na casa do casal.

Foi descoberto que Olivier era cúmplice do marido e, na maior parte das vezes, estava presente quando ele cometia atos violentos. A mulher chegou até mesmo a fazer sexo oral em Fourniret, enquanto o mesmo cometia um estupro.

Os investigadores acreditam que Fourniret contava a Olivier sobre seu desejo doentio de estuprar garotas.

Quando Olivier conheceu Fourniret, já era casada e tinha dois filhos também. Seu ex-marido era abusivo, muitas vezes agredindo-a fisicamente. Ela queria que Fourniret matasse seu marido e, em troca, ela prometeu ajudá-lo a cometer seus atos hediondos.